Como saber se é câncer de boca: causas, sintomas e casos de cirurgia

Como saber se é câncer de boca: causas, sintomas e casos de cirurgia

Por: PUBLICADO EM: 17 maio 2021

O câncer de boca, conhecido também como câncer de cavidade oral e câncer de lábio, representa um conjunto de tumores malignos que afetam as estruturas bucais, como gengivas, céu da boca, bochechas, lábios e língua.

A estimativa de casos para 2020 no Brasil foi de, aproximadamente, 11 mil homens e 4 mil mulheres, totalizando mais de 15 mil casos no total.

Embora seja mais comum acometer homens acima de 40 anos, o câncer de boca pode atingir ambos os sexos. Mas quando diagnosticado precocemente, há chances de cura da doença, caso o tratamento seja realizado da forma correta.

Câncer de boca: o que aumenta o risco de desenvolvê-lo?

Tabagismo

Um dos maiores fatores de risco para a doença é o tabagismo, que aumenta consideravelmente as chances do surgimento do tumor, principalmente se o tempo de exposição ao fumo e o número de cigarros consumidos por dia for acima da média.

Independentemente do vício do fumo apresentar relação ao cigarro comum ou a qualquer outro derivado do tabaco, como cigarro de palha, charuto, cachimbo, narguilé ou mesmo o tabaco mascado, as pessoas que fumam apresentam uma predisposição muito maior de desenvolver tumores na boca e faringe, quando comparadas às não fumantes.

Consumo elevado de bebidas alcoólicas

Junto ao tabagismo, outro fator de risco alarmante é o consumo exagerado de bebidas alcoólicas, que muitas vezes é acompanhado do hábito de fumar.

Sobre o etilismo, é constatado, pelo INCA (2018),que o acetaldeído, principal metabólito do álcool, interrompe a síntese e o reparo do DNA, favorecendo o aparecimento de células cancerígenas.

Além disso, pessoas que consomem bebidas alcoólicas em quantidades elevadas tendem a ter dietas carentes de alguns nutrientes importantes, o que aumenta a susceptibilidade dos tecidos-alvo aos efeitos carcinogênicos do álcool.

Outros fatores

Outros fatores que aumentam a predisposição para a doença é a exposição ao sol sem proteção; a imunossupressão; infecção pelo vírus HPV, gênero e idade, já que os homens acima de 40 anos competem a maioria dos casos.

Por isso, é importante reforçar a necessidade de combater os maus hábitos relacionados ao desenvolvimento do câncer de boca, já que assim, estamos prevenindo também as chances elevadas do surgimento da doença.

Sinais e sintomas

Como o câncer de boca tende a se agravar rapidamente, é de extrema importância manter a atenção aos sinais e sintomas da doença, que surgem como um verdadeiro alerta.

A presença de nódulos no pescoço; manchas vermelhas ou esbranquiçadas nas bochechas internas, gengivas, céu da boca ou língua; rouquidão persistente e lesões na cavidade oral que não cicatrizam por mais de 15 dias e apresentam sangramentos são os principais sintomas indicativos da doença.

Em casos mais agravados, o paciente pode sentir dificuldade para engolir, falar e movimentar a língua, assim como a sensação presente de que há algo preso na garganta – sinais de urgência que denotam casos mais severos.

Dessa maneira, ao notar esses sinais e qualquer outra mudança significativa na coloração ou no aspecto da boca, procure imediatamente um médico, o qual pode ser um clínico geral ou um estomatologista.

Tratamento cirúrgico para o câncer de boca

Na maioria das vezes, para tratar o câncer de boca, é necessário o procedimento cirúrgico. A cirurgia oncológica atua tanto nas lesões menores, quanto para os tumores maiores, que necessitam de ressecções mais profundas

Normalmente, a cirurgia para esse tipo de câncer consiste em retirar uma ou mais áreas da cavidade oral, juntamente com a remoção ou não dos linfonodos do pescoço, seguida ainda de alguma técnica de reconstrução, quando faz-se necessário.

Além disso, nas cirurgias de grande porte, é possível que seja recomendado também a ressecção de segmentos ósseos. De toda forma, é importante lembrar que dependendo do quadro de cada paciente, outros procedimentos devem ser incluídos para o restabelecimento da área atingida.

Para os casos mais simples, apenas a remoção da lesão será suficiente. Entretanto, nos casos em que a cirurgia não é mais viável, por apresentar-se como uma opção agressiva demais ao paciente, o tratamento inclui radioterapia e quimioterapia.

De qualquer forma, para decidir sobre o melhor a ser feito em cada caso, o cirurgião oncológico deverá avaliar o estágio da doença, juntamente com a solicitação de exames específicos, para indicar a técnica mais assertiva.

Esse artigo foi útil para você? Entre em contato com um profissional certificado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) mais próximo de você para maiores informações.

Autor:
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica – SBCO é uma sociedade civil sem fins lucrativos, com personalidade jurídica própria, fundada em 31 de maio de 1988, cuja finalidade é congregar cirurgiões oncológicos e outros profissionais envolvidos no cuidado à pessoa com câncer.
Buscar Especialista