EPIDEMIA DE COVID 19: IPRONUNCIAMENTO SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA ONCOLÓGICA EM RELAÇÃO AO DIAGNÓSTICO E CIRURGIAS DE PACIENTES COM CÂNCER.
16 de março de 2020
À medida que a epidemia de COVID-19 segue progredindo no Brasil, com possibilidade de interrupção das atividades cirúrgicas eletivas, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica – SBCO, vem pronunciar-se em relação ao diagnóstico e cirurgias de pacientes com #câncer.
Considerando que o sistema de saúde no Brasil pode ficar sobrecarregado em breve. A SBCO sugere que #médicos e gestores, nos próximos dias, procurem estratégias para priorizar a realização de #procedimentoscirúrgicos em casos de #neoplasias reconhecidas por sua agressividade. Deve ser considerado que exames realizados para #doenças de baixa morbidade talvez possam ser postergados, mas essa decisão deve ser tomada caso a caso pelo #medico e seu #paciente.
A #SBCO sugere que nas próximas duas semanas as equipes de #oncologia se mobilizem para realizar o máximo de #cirurgias possíveis, com segurança, de #pacientes com tumores de comportamento biológico agressivo, em que o atraso da cirurgias por 2 a 3 meses possa causar prejuízo aos resultados de sobrevida pretendidos, dentre eles, mas não apenas, casos de tumores de pâncreas, fígado e vias biliares, estômago, cólon e reto, pulmão, ovário avançado, endométrio avançado e melanoma. A definição desta priorização deve ocorrer pelo médico assistente de acordo com as políticas institucionais adotadas e esta recomendação se baseia nos dados disponíveis até o momento, podendo ser atualizada a qualquer momento.
Para os casos de menor gravidade ou para os quais existam opções de tratamento capazes de tornar o postergamento do procedimento cirúrgico menos prejudicial, cabe a discussão do adiamento do procedimento face ao grave momento epidemiológico que enfrentamos, ainda preservando-se a autonomia da relação médico-paciente.
A SBCO entende que é momento da sociedade como um todo unir-se e trabalhar em conjunto e de forma sabia e harmoniosa para atravessarmos este período adverso.
EPIDEMIA DE COVID 19: II
PRONUNCIAMENTO SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA ONCOLÓGICA EM RELAÇÃO AO DIAGNÓSTICO E CIRURGIAS DE PACIENTES COM CÂNCER.
18 de março de 2020 (Este pronunciamento será atualizado a cada 2 dias)
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) vem atualizar seu pronunciamento em relação às cirurgias de pacientes com câncer. A epidemia de COVID 19 segue progredindo no Brasil, muitas regiões já suspenderam a realização de cirurgias eletivas. Em breve a suspensão deve atingir todo o país. Essas recomendações valem pelos próximos 2 dias.
O Brasil hoje pode ser dividido, basicamente, em dois tipos de regiões. Aquelas em que os casos de COVID19 ainda são importados de outras áreas e regiões com transmissão horizontal.
Recomendações para regiões apenas com casos importados, ou sem casos:
– Imediatamente, médicos e gestores, devem priorizar a realização de cirurgias em casos de neoplasias reconhecidas por sua agressividade, nas quais o atraso da cirurgias por 2 a 3 meses possa acarretar aumento da mortalidade pelo tumor. Dentre os tumores de maior agressividade, mas não apenas, casos de tumores de pâncreas, fígado e vias biliares, estômago, cólon e reto, pulmão, ovário avançado, endométrio avançado e melanoma.
– Seguir com as consultas de casos novos, mas selecionar os pacientes que precisam seguir investigação e tratamento nesse momento.
Recomendações para regiões com transmissão horizontal:
– Suspensão imediata de todas as cirurgias oncológica eletivas, para tumores de baixo risco.
– Realizar cirurgias oncológicas apenas para pacientes com casos que caracterizem urgências, como em tumores extremamente agressivos, nos quais o atraso da cirurgia por 2 a 3 semanas pode resultar em óbito do paciente, ou em casos nos quais os sintomas ameaçam a vida.
– Suspender todas as cirurgias plásticas reparadoras, que possam ser realizadas em segundo tempo.
– Seguir com a realização de cirurgias oncológicas de emergência.
Recomendações para todo o Brasil:
– Suspensão imediata das consultas e exames de acompanhamento de pacientes assintomáticos, até segunda ordem.
– Consultas para checar exames solicitados em consultas de acompanhamento, previamente realizadas, podem ser realizadas por videoconferência.
– Suspensão das cirurgias de pacientes com casos de menor gravidade ou para os quais existam opções de tratamento capazes de substituir ou postergar a cirurgia com segurança, considerando que o atraso da cirurgias por 2 a 3 meses não acarretará aumento da mortalidade pelo tumor.
– Suspender cirurgias reparadoras que resultam em aumento do tempo cirúrgico e risco de complicações pós-operatórias e podem ser realizadas a posteriori.
– Todos os pacientes e familiares que serão submetidos a cirurgia devem ser orientados sobre o risco de contrair a infecção no curso do tratamento
– Os pacientes devem ser orientados a não frequentar desnecessariamente ambientes hospitalares, como emergências, consultórios, ambulatórios e outros.
A SBCO confia no julgamento das equipes médicas para definir quais casos são graves a ponto de necessitarem de cirurgia imediata e quais serão postergados, considerando os expostos acima.
Não obstante, devem ser respeitadas as recomendações das secretarias de saúde e Ministério da Saúde, o código de ética médica e as determinações dos Conselhos de Medicina.
EPIDEMIA DE COVID 19: III
PRONUNCIAMENTO SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA ONCOLÓGICA EM RELAÇÃO AO DIAGNÓSTICO E CIRURGIAS DE PACIENTES COM CÂNCER.
20 de março de 2020 (Este pronunciamento será atualizado a cada 2 dias)
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) atualiza seu pronunciamento em relação às cirurgias por com câncer durante a epidemia de COVID 19. O Brasil segue dividido, basicamente, em dois tipos de regiões. Aquelas em que os casos de COVID19 ainda são importados de outras áreas e regiões com transmissão horizontal.
Recomendações para regiões apenas com casos importados, ou sem casos:
– Imediatamente, devemos priorizar a realização de cirurgias de pacientes com neoplasias reconhecidas por sua agressividade, nas quais o atraso da cirurgias por 2 a 3 meses possa acarretar aumento da mortalidade. Dentre os tumores de maior agressividade, mas não apenas, casos de tumores de pâncreas, fígado e vias biliares, estômago, cólon e reto, pulmão, ovário avançado, endométrio avançado e melanoma.
– Seguir com as consultas de casos novos, mas selecionar os pacientes que precisam seguir investigação e tratamento nesse momento.
Recomendações para regiões com transmissão horizontal:
– Suspensão imediata de todas as cirurgias oncológica eletivas, para tumores de baixo risco.
– Realizar cirurgias oncológicas de pacientes caracterizados como urgências, com tumores extremamente agressivos, cujo atraso da cirurgia por 2 a 3 semanas pode resultar em dano maior irreversível ao paciente ou óbito.
– Seguir com a realização de cirurgias oncológicas de emergência.
– Avaliação de casos novos: Sugerimos uso de telemedicina para triagem dos pacientes que necessitam avaliação presencial e podem caracterizar-se como tumores de maior agressividade descritos acima.
Recomendações para todo o Brasil:
– Suspensão imediata das consultas e exames de acompanhamento de pacientes assintomáticos, até segunda ordem.
– Consultas para checar exames solicitados em consultas de acompanhamento, previamente realizadas, podem ser realizadas por videoconferência.
– Suspensão das cirurgias de pacientes com casos de menor gravidade ou para os quais existam opções de tratamento capazes de substituir ou postergar a cirurgia com segurança, considerando que o atraso da cirurgias por 2 a 3 meses não acarretará aumento da mortalidade pelo tumor.
– Todos os pacientes e familiares que serão submetidos a cirurgia devem ser orientados sobre o risco de contrair a infecção no curso do tratamento
– Os pacientes devem ser orientados a não frequentar desnecessariamente ambientes hospitalares, como emergências, consultórios, ambulatórios e outros.
A SBCO confia no julgamento das equipes médicas para definir quais casos são graves a ponto de necessitarem de cirurgia imediata e quais serão postergados, considerando os expostos acima. Dilemas terapêuticos precisam ser individualizados, abordados com base na opinião dos especialistas e na decisão compartilhada.
Não obstante, devem ser respeitadas as recomendações das secretarias de saúde e Ministério da Saúde, o código de ética médica e as determinações dos Conselhos de Medicina.