Recentemente, o Ministério da Saúde atualizou suas diretrizes e agora recomenda que mulheres a partir dos 40 anos tenham acesso à mamografia pelo Sistema Único de Saúde (SUS),mesmo sem apresentar sintomas. Essa mudança atende à evidência de que a faixa dos 40 aos 49 anos concentra cerca de 23% dos casos de câncer de mama no Brasil — o que torna a detecção precoce essencial para aumentar as chances de cura e reduzir a mortalidade.
Na entrevista à Rádio Senado, o oncologista Juliano Rodrigues da Cunha, membro da SBCO, comemorou a decisão e ressaltou o papel central da mamografia para identificar lesões ainda imperceptíveis ao toque. Segundo ele, isso possibilita tratamentos menos agressivos, com maior chance de sucesso e recuperação mais rápida — reforçando a importância da prevenção e do diagnóstico precoce na luta contra o câncer de mama.
A SBCO vê na ampliação do rastreamento ao público a partir dos 40 anos uma vitória para a saúde da mulher no Brasil. Com essa medida, será possível alcançar mulheres que antes ficavam fora das faixas de rastreamento, diminuindo atrasos diagnósticos e promovendo um tratamento mais eficaz. A participação da SBCO nessa discussão pública demonstra o compromisso da entidade com a qualidade da cirurgia oncológica, a prevenção e o acesso equitativo aos cuidados de saúde.
