Em nota técnica publicada em 2023, o Ministério da Saúde/INCA recomendou o não rastreamento populacional do câncer de próstata — ou seja, não é indicado que homens assintomáticos façam exames sistemáticos como PSA e toque retal como rotina. A justificativa é que, embora o rastreamento aumente o número de diagnósticos, não há evidência clara de que isso reduza a mortalidade específica pela doença; por outro lado, há risco de sobretratamento e efeitos adversos como disfunção sexual e urinária.
Para a SBCO, essa orientação reforça a importância da detecção precoce individualizada — ou seja, a indicação de exames deve ser feita de forma personalizada, com avaliação clínica cuidadosa e diálogo médico-paciente, e não como política de rastreamento universal. A sociedade destaca que a cirurgia oncológica e o tratamento devem seguir critérios clínicos, com atenção à segurança e evitando intervenções desnecessárias que prejudiquem a qualidade de vida dos pacientes.
