Passado o primeiro ano de pandemia, a Covid-19 segue impactando nós brasileiros. Mais do que isso, o Brasil, que superou a marca de 3 mil mortes em 24 horas no dia 23 de março, está no epicentro da pandemia. Somos 2,7% da população mundial, mas as mortes pela doença do Sars-CoV-2 no país representam mais de 10% de todos os óbitos causados por ela no mundo. É momento de toda a comunidade médica mirar este problema e encontrar soluções capazes de salvar vidas.
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica, que agrega cirurgiões oncológicos e outros profissionais envolvidos no cuidado multidisciplinar ao paciente com câncer (uma das doenças crônicas mais impactadas pela pandemia),entende que o momento é de instruir profissionais de saúde e a população brasileira sobre como adotar as medidas para eficazes para enfrentamento da Covid-19 sem negligenciar a prevenção, diagnóstico e tratamento de outras doenças.
As múltiplas vozes, juntas, serão capazes de propagar as melhores práticas que hoje, sabidamente, são o distanciamento físico responsável, uso de máscaras, higienização das mãos e imunização pelas vacinas disponíveis no país. Cabe a nós, representantes da sociedade, levar informação qualificada, de forma clara e assertiva. Apontar os atalhos para a melhor assistência aos nossos pacientes, em todas as regiões do país.
O Brasil, portanto, precisa de união. Não há espaço para discursos dissonantes e divergências de espectros políticos. O caminho está na ciência, na oferta de medicina de ponta e no fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).
Cabe a nós, médicos, propor medidas que otimizem o acesso à vacina e acelere a imunização em todo o território nacional. Sigamos firmes na luta pelo combate à Covid-19 e às outras doenças que causam a mortes de milhares de brasileiros.
Alexandre Ferreira Oliveira
Presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica