Na matéria “Câncer que antes era raro tem aparecido mais entre jovens” do site Metrópoles, é reportado que o câncer de apêndice — antes considerado muito incomum — vem sendo diagnosticado com mais frequência em pessoas mais jovens, inclusive abaixo dos 50 anos. O estudo citado mostra que a incidência desse tumor triplicou para quem nasceu após 1980 e quadruplicou para quem nasceu após 1985, em comparação com estimativas anteriores para quem nasceu em 1945.
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) participa na matéria por meio de seu presidente, Rodrigo Nascimento Pinheiro, que oferece opinião especializada. Ele enfatiza que, embora o número absoluto de casos ainda seja pequeno (“por milhão”),o crescimento observado requer atenção, especialmente porque os sintomas iniciais do câncer de apêndice são inespecíficos — dores no abdômen ou pélvis, inchaço ou líquido no abdômen — e muitas vezes confundidos com apendicite ou outras condições mais comuns.
Ele também destaca que o diagnóstico precoce é fundamental, utilizando métodos como biópsia, tomografia, ressonância magnética ou ultrassom, e que a cirurgia é o principal tratamento. A participação da SBCO reforça a importância da vigilância médica, educação da população e a necessidade de os profissionais de saúde considerarem a hipótese de câncer — mesmo quando se trata de casos considerados raros — para que o tratamento seja iniciado mais cedo, com melhores prognósticos.
