Estamos na era da informação. E, ainda assim, um dos principais desafios dos profissionais de saúde é alcançar o máximo possível de pessoas com orientações sobre saúde e qualidade de vida. Neste sentido, as campanhas de conscientização, como o Outubro Rosa, são uma força propulsora no combate às mais diversas doenças.
Para ser efetiva, cada ação depende da integração de toda a sociedade médica para ter mais espaço. Pensando nisso, preparamos um artigo que destaca a importância do Outubro Rosa para a conscientização da população e como cada profissional pode atuar em prol dessa causa.
O que é e como surgiu o Outubro Rosa?
Antes de falar sobre a campanha com seus pacientes, é importante saber um pouco mais sobre ela. O Outubro Rosa surgiu na década de 1990, nos Estados Unidos, com um evento chamado de Corrida pela Cura, quando todos os participantes receberam um laço cor-de-rosa.
Desde então, a mobilização durante o mês de outubro ganhou força em todo o mundo. No Brasil, a primeira ação foi em São Paulo, no ano de 2002, quando o Obelisco do Parque Ibirapuera permaneceu iluminado em rosa durante todo o mês.
Qual é o objetivo do Outubro Rosa?
O principal objetivo do Outubro Rosa é fazer com que a conscientização sobre a prevenção do câncer de mama atravesse as paredes dos consultórios médicos. Este é o câncer mais prevalente entre mulheres em todo o mundo. Consequentemente, é o que mais faz vítimas fatais. No Brasil, em 2020, o Inca registrou mais de 18 mil mortes pela doença.
Por essa razão, as entidades que se envolvem na campanha têm, como meta, levar informação a cada vez mais pessoas e abrir os olhos para a necessidade de atitudes preventivas como a mudança de hábitos que possam ser fatores de risco e a regularidade do auto-exame, principalmente.
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Como a campanha atua contra o câncer de mama?
Não se trata apenas de falar sobre os fatores de risco, sintomas e tratamentos. As pessoas, entidades e profissionais que se unem em torno do Outubro Rosa são agentes transformadores em um sentido mais amplo.
Ao longo dos anos, muitas ações paralelas têm sido criadas para apoiar mulheres diagnosticadas com o câncer de mama, lutar pelo acesso aos serviços públicos de saúde, por tratamento digno e humanizado e para resgatar a auto-estima das pacientes durante e depois do tratamento.
Alguns exemplos dessas ações são:
- criação de bancos de perucas (o primeiro foi criado pela Fundação Laço Rosa, em 2001);
- movimentos apartidários como a Frente Estadual de Combate ao Câncer de Mama, no Rio de Janeiro;
- reunião de entidades para discussão de políticas públicas para o câncer de mama e
- apoio e gestão de programas de atenção integrada à paciente, com atendimento psicológico, capacitação e geração de renda.
Como atuar para alcançar mais pessoas no Outubro Rosa?
Os profissionais de saúde podem começar sua atuação dentro dos consultórios, conversando com os pacientes e distribuindo materiais sobre os riscos da doença e a importância da prevenção.
Assim, promover pequenos debates, conversas interdisciplinares nas redes sociais e ações localizadas no bairro ou na cidade também são atitudes relevantes para sensibilizar mais pessoas sobre as chances de sucesso do tratamento em casos com diagnóstico precoce, por exemplo.
Além disso, outra forma de contribuir para a campanha é encontrando entidades na sua região que já promovam atividades durante o Outubro Rosa e oferecer algum tipo de parceria, como:
- oferecer palestras de conscientização em entidades assistenciais;
- ofertar exames clínicos para mulheres em situação de vulnerabilidade social;
- participar de fóruns para implementação de novas ações preventivas e
- buscar mais colegas de profissão para se juntar à campanha.
💡 De acordo com a Organização Mundial de Saúde, os países que vêm adotando programas efetivos de detecção do câncer de mama têm registrado queda na mortalidade pela doença. |
Qual a importância das entidades representativas na campanha?
O Outubro Rosa, assim como uma série de outras campanhas de conscientização, só ganhou força graças a atuação coletiva de uma série de associações, organizações não governamentais e coletivos assistenciais.
No Brasil, entidades como a SBM (Sociedade Brasileira de Mastologia),a Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) e muitas outras, como a SBCO têm atuação essencial na divulgação científica e na união de especialistas em torno de um objetivo comum. Juntas, atuamos para dar voz às campanhas e potencializar seu alcance.
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