Conheça os tipos de câncer de mama e quando é necessário cirurgia

Conheça os tipos de câncer de mama e quando é necessário cirurgia

Por: PUBLICADO EM: 18 maio 2021

O câncer de mama é o tipo de câncer mais incidente nas mulheres em todo o mundo, sendo a causa mais frequente de morte nas estatísticas femininas e a quinta morte por câncer em geral, de acordo com o último levantamento do Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2021.

Além disso, as estatísticas da mesma pesquisa afirmam que o câncer de mama também consiste no segundotipo de câncer mais incidente em mulheres em todas as regiões do Brasil, ficando abaixo apenas dos tumores de pele não melanoma.

A partir dessas informações, e tendo em vista a conscientização da população para frear o crescimento desses números alarmantes, é fundamental esclarecer as principais dúvidas relacionadas à doença. 

Assim, caminhamos no intuito de prevenir cada vez mais mulheres da incidência da neoplasia mamária, ao mesmo tempo em que esclarecemos às pacientes já diagnosticadas sobre a melhor forma de tratar a doença.

Câncer de mama: como tratar a doença?

Ainda de acordo com o INCA, consideráveis avanços surgiram nos últimos anos, principalmente no que se refere aos procedimentos cirúrgicos para tratar a doença de forma menos “mutilante” e traumática, da mesma maneira em que o tratamento individualizado também tem ganhado ainda mais destaque e relevância no processo. 

É importante considerar que o tratamento do câncer de mama depende do estágio em que a doença se encontra, assim como suas características biológicas e as condições apresentadas pela paciente. Por isso, dizemos que o prognóstico do câncer de mama depende do seu estadiamento e das manifestações específicas do tumor.

Logo, quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores as chances de cura da doença. No entanto, quando há presença de metástases (espalhamento da doença para outros órgãos do corpo) o tratamento, em si, visa melhorar a qualidade de vida e proporcionar menos desconfortos à paciente.

Dessa forma, dizemos que, para tratar o câncer de mama com propriedade, é fundamental recorrer ao tratamento sistêmico, que conta com a ação da quimioterapia e terapia biológica, mas também do tratamento local, que consiste em radioterapia e cirurgias oncológicas direcionadas para esse tipo de câncer.

Cirurgias oncológicas para tratar o câncer de mama

É fundamental orientar a paciente diagnosticada com câncer de mama sobre as cirurgias oncológicas que visam tratar a doença. Junto ao oncologista, é importante que a paciente recorra a um cirurgião, que vise tratar o seu caso de maneira individualizada. O Cirurgião Oncológico é um destes profissionais e possui treinamento nos principais centros oncológicos do país destinados ao tratamento desta doença.

A cirurgia para tratar o câncer de mama está indicada para todos os níveis da doença, pois atua de forma específica em cada estágio. Vejamos, a seguir, quais são as cirurgias para tratar o câncer de mama e de que forma atuam.

Mastectomia

Para casos mais graves, a mastectomia será indicada por oferecer uma maior margem de segurança. Nesse procedimento, a mama atingida pelo tumor será retirada, incluindo todo o tecido mamário e outros tecidos próximos, quando necessário.

Mastectomia parcial

Em casos menos severos, a mastectomia pode ser realizada parcialmente. Dessa maneira, a mastectomia parcial visa apenas a retirada do setor da mama que abriga o tumor.

Nesse procedimento, também chamado de cirurgia conservadora da mama, o ideal é retirar o tumor juntamente com algum tecido saudável próximo à região doente, no intuito de proporcionar maior segurança para a retirada eficaz da fração danificada pelo câncer. Fatores como a quantidade a ser removida vão depender da análise de cada quadro da doença.

É importante frisar que o próprio cirurgião oncológico vai ter a real dimensão do tumor apenas no ato cirúrgico, bem como o quanto ele já se espalhou pela área.

Cirurgia dos linfonodos

A cirurgia dos linfonodos é destinada para verificar se o câncer migrou para os linfonodos das axilas. Nesse procedimento, um ou mais gânglios serão removidos para análise laboratorial e, geralmente, essa cirurgia já é realizada juntamente com o procedimento para a retirada do tumor. 

Para maior precisão ao verificar se a doença se espalhou pelos linfonodos, a biópsia deve ser realizada no linfonodo sentinela, que consiste no primeiro gânglio afetado pelo tumor, já que as células cancerígenas obrigatoriamente devem passar por eles antes de continuar sua disseminação.

Cirurgia para os casos mais graves

Quando o câncer está em estado mais severo, a cirurgia é destinada para mais uma tentativa de cura ou, para casos mais terminais, para amenizar sintomas e aumentar a sobrevida da paciente. 

Além disso, o procedimento cirúrgico nesses casos também auxilia no tratamento de feridas que podem estar abertas na mama, assim como para interromper metástases ou mesmo para aliviar a compressão da medula espinhal ou fígado.

Reconstrução mamária

É importante que após a cirurgia oncológica seja realizado um procedimento de reconstrução da mama, devolvendo um aspecto mais agradável à região e reparando a autoestima da paciente. É possível realizar a reconstrução da mama no momento da mastectomia ou em um outro momento, que deve ser definido pelo cirurgião que conduz o caso.

Por isso, é fundamental conversar atentamente com o cirurgião ou cirurgiã oncológica que estiver acompanhando o seu tratamento. Lembre-se que essa é uma escolha muito séria e deve ser acompanhada de um profissional altamente qualificado e capaz de conduzir o seu caso de maneira individualizada.

Ainda restou alguma dúvida sobre o tema? Consulte um profissional certificado pela SBCO e esclareça o problema.

Autor:
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica – SBCO é uma sociedade civil sem fins lucrativos, com personalidade jurídica própria, fundada em 31 de maio de 1988, cuja finalidade é congregar cirurgiões oncológicos e outros profissionais envolvidos no cuidado à pessoa com câncer.
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