Cirurgia oncológica do aparelho digestivo

Cirurgia oncológica do aparelho digestivo

Por: PUBLICADO EM: 03 jun 2022

Os cânceres que atingem os órgãos ligados à digestão estão entre os mais comuns no Brasil. Entre os principais recursos no tratamento da doença está a cirurgia oncológica do aparelho digestivo, que tem indicações e objetivos específicos de acordo com o local e o estágio do câncer.

Neste artigo, vamos mostrar quais são essas indicações, os tipos de cirurgia oncológica para o trato digestivo e quais profissionais estão envolvidos nessa etapa do tratamento. Siga conosco para saber mais sobre o procedimento e como ele é realizado.

O que é a cirurgia oncológica do aparelho digestivo?

cirurgia oncológica do aparelho digestivo é um recurso terapêutico realizada com o objetivo de retirar, total ou parcialmente, um tumor que tenha afetado algum órgão envolvido no trato digestivo. Ela pode remover parte do órgão acometido — ou sua totalidade —, além de alguns linfonodos próximos, dependendo do tipo e estadiamento da doença.

Em todos os procedimentos, a equipe que conduz o tratamento tenta preservar o máximo possível do órgão. No entanto, nem sempre isso é viável para a contenção da doença e, algumas vezes, outros órgãos adjacentes também precisam ser retirados.

Leia também: Mitos e verdades sobre a cirurgia oncológica. Tire suas dúvidas

Quais tipos de tumores a cirurgia oncológica do aparelho digestivo pode tratar?

Destinada a eliminar ou controlar o avanço dos tumores no sistema digestivo, a cirurgia oncológica nessa região pode tratar os cânceres no:

  • esôfago
  • estômago;
  • Vias biliares;
  • Vesícula Biliar;
  • Fígado;
  • duodeno;
  • intestino delgado;
  • intestino grosso;
  • pâncreas;
  • cólon e reto — o chamado câncer colorretal.

A cirurgia do aparelho digestivo é a única forma de tratamento?

Não. A cirurgia é parte — e pode ser a principal conduta — do tratamento para diversos estágios do câncer no aparelho digestivo sempre que puder ser realizada. No entanto, dependo do desenvolvimento do tumor, se o paciente tiver condições físicas suficientes, a cirurgia, junto com outros tratamentos, pode ser a única chance real de cura.

Assim, só após o diagnóstico e estadiamento do câncer a equipe médica discutirá as opções de tratamento.

A opção pela cirurgia oncológica, como dissemos, depende muito do estadiamento da doença nesse momento, mas também envolve outros fatores como:

  • idade do paciente;
  • tipo do tumor;
  • chances de cura da doença;
  • estado geral de saúde;
  • outras condições individuais de cada pessoa.

Quais são os tipos de cirurgia oncológica do trato digestivo?

A cirurgia oncológica do aparelho digestivo está indicada como um dos pilares para o tratamento dos tumores em órgãos ligados à digestão. Mais uma vez, a indicação do tipo de  procedimento depende do estágio do tumor. Nesse sentido, a cirurgia pode ser paliativa ou curativa, como detalhamos a seguir.

Cirurgia oncológica paliativa

Realizada nos casos em que o câncer não pode ser totalmente eliminado e já evolui para um grau que compromete a vida do paciente. Quando chega a esse ponto, é muito provável que ele não tenha chances de sobreviver ao tratamento.

Assim, o método paliativo é adotado para diminuir os sintomas e o sofrimento causado pela doença e reduzir a quantidade de células cancerosas no corpo.

Os casos mais comuns em que esse recurso é adotado são os de câncer de cólon e alguns tipos de câncer de intestino.

Cirurgia oncológica curativa

É utilizada, de modo geral, quando o câncer está em estágio inicial. Esse tipo de cirurgia tem o objetivo de curar o órgão afetado pelo tumor. Conforme o caso, o procedimento pode ser uma alternativa mesmo em estágios mais avançados. Também pode ser combinado com outros recursos terapêuticos, como a quimioterapia ou radioterapia.

As doenças com mais indicação para esse tipo de cirurgia oncológica são o câncer no esôfago, vesícula, estômago, pâncreas, fígado e o câncer de cólon.

Como é realizada a cirurgia oncológica do aparelho digestivo?

De acordo com a localização do câncer e o tipo de cirurgia oncológica do aparelho digestivo a ser realizada, o procedimento pode ser feito:

  • da forma convencional — a chamada cirurgia aberta;
  • ou com métodos minimamente invasivos, como a laparoscopia e a robótica.

 

Neste segundo caso, são realizadas pequenas incisões, por onde são inseridos tubos que permitem a passagem de uma micro câmera e de pinças ou instrumentos necessários para o procedimento.

O tempo de recuperação costuma variar segunda a tipo de cirurgia. Na laparoscópica, bem recomendada no tratamento de todos os tipos de câncer do aparelho digestivo, o tempo de recuperação costuma ser menor. Os cuidados pós-operatórios serão indicados pela equipe médica no momento apropriado.

Saiba mais: Tipos de cirurgia oncológica para o tratamento do câncer

Qual profissional pode realizar a cirurgia do aparelho digestivo?

Já que falamos sobre a equipe médica, é importante ter em mente quem são os profissionais que normalmente compõem esse time durante a cirurgia oncológica e nos passos seguintes do tratamento.

Uma equipe multidisciplinar é formada em função das opções de tratamento definidas para cada paciente. Além do especialista em Cirurgia Oncológica, a equipe médica deverá ser formada por especialistas como:

  • gastroenterologista;
  • patologista;
  • radio-oncologista.

Além deles, muitos outros profissionais poderão estar envolvidos durante o tratamento, como:

  • enfermeiros;
  • nutricionistas;
  • fisioterapeutas;
  • assistentes sociais;
  • psicólogos.

Se você precisa encontrar um profissional qualificado e de confiança perto do seu endereço, pode usar nossa ferramenta de busca por especialistas. Ficou com alguma dúvida sobre a cirurgia oncológica do aparelho digestivo? Entre em contato com a SBCO. Estamos à disposição.

Autor:
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica – SBCO é uma sociedade civil sem fins lucrativos, com personalidade jurídica própria, fundada em 31 de maio de 1988, cuja finalidade é congregar cirurgiões oncológicos e outros profissionais envolvidos no cuidado à pessoa com câncer.
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