Cirurgia oncológica pediátrica

Cirurgia oncológica pediátrica

Por: PUBLICADO EM: 27 abr 2022

Por mais difícil e dolorosa que possa ser a estatística, todos os anos milhares de crianças e adolescentes brasileiros são surpreendidos com o diagnóstico de câncer. Entre os tratamentos para conter a doença está a cirurgia oncológica pediátrica que, em geral, é complexa e requer cuidados específicos.

Quando existe a indicação deste procedimento, é comum que os pais e as próprias crianças se sintam ansiosos e com dúvidas, sem saber ao certo como será o desfecho do tratamento. Por isso, preparamos este material que pretende lançar luz sobre a cirurgia de combate ao câncer infanto-juvenil. Siga conosco.

Qual o panorama do câncer infantil no Brasil?

O câncer infanto juvenil atinge anualmente quase 9 mil pessoas entre 1 e 19 anos no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer. A doença é hoje a que mais mata crianças e adolescentes no país. No entanto, é possível reverter esse número. Assim como ocorre com os adultos, o diagnóstico precoce é o recurso mais importante nessa luta.

Como já sabemos, quanto mais cedo detectada a doença, maior a possibilidade de curaDesta forma, é importante que, tão logo haja uma suspeita, ela seja investigada. Em caso de confirmação, o tratamento deve ser iniciado imediatamente.

Como é o tratamento do câncer infantil?

O tratamento de crianças e adolescentes costuma ser diferente do adotado em pacientes adultos. Isso ocorre porque, dada a fragilidade e, em muitos casos, a dificuldade em compreender a doença, os cuidados multidisciplinares são ainda mais intensivos. Neste contexto, esses profissionais promovem suporte físico, emocional e social à criança e ao adolescente, com atenção também às necessidades da família.

O tratamento do câncer em si é definido com base no tipo, local e estágio da doença. Assim como no caso dos adultos, de acordo com a American Cancer Society, as opções terapêuticas se baseiam no tripé: cirurgia, quimioterapia e radioterapia.

A diferença aqui é que, apesar de algumas exceções, o câncer infantil geralmente responde bem à quimioterapia. Isso porque a maioria das formas de quimioterapia afeta as células em desenvolvimento — que é o caso das infantis. (e juvenis?)

Além disso, alguns tipos da doença podem ser tratados com altas doses de quimioterapia seguidas do transplante de células-tronco. Ainda assim, há situações em que pode ser inevitável recorrer a um procedimento cirúrgico para conter a doença.

Saiba mais sobre a cirurgia oncológica

Quando a cirurgia oncológica pediátrica é indicada?

A cirurgia oncológica pediátrica, como dissemos, é um dos três recursos-chave do tratamento do câncer. Ela pode ter a finalidade curativa, quando consiste na retirada total do tumor, benigno ou maligno, ou ter função paliativa.

Neste segundo caso, a decisão é tomada pelo cirurgião oncológico pediátrico em conjunto com sua equipe multidisciplinar. O objetivo principal deste recurso é diminuir as sequelas decorrentes do tratamento, controlar a dor e outros sintomas físicos e promover mais qualidade de vida ao pequeno paciente.

Quais outras indicações de cirurgia oncológica pediátrica?

A complexidade do câncer é muito grande, tanto para seu diagnóstico quanto para o tratamento. Por isso, existem vários tipos de cirurgia oncológica pediátrica. Determinar quando cada uma delas é indicada depende da avaliação do cirurgião oncológico e de sua equipe.

Além da cirurgia curativa e das paliativas, que citamos há pouco, há outros tipos de procedimentos cirúrgicos com outras indicações. São eles:

Cirurgias de diagnóstico

São dois tipos de procedimento diagnóstico. Um deles é a biópsia, que consiste na retirada cirúrgica de uma amostra do tumor para análise laboratorial para determinar se é cancerígeno ou não. Ela também identifica o tipo, estágio e outras características do tumor.

estadiamento é uma cirurgia feita para determinar em qual estágio se encontra a doença e analisar a saúde da área ao redor da região afetada.

Citorredução

Tem o objetivo de reduzir o volume de um tumor muito grande e volumoso. Esta cirurgia é feita, normalmente, quando a remoção de todo o tumor causaria muito dano aos órgãos ou tecidos próximos.

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Em 2015, foi realizada pela primeira vez pelo SUS uma cirurgia oncológica pediátrica de citorredução associada a quimiohipertermia, com a retirada cirúrgica completa de um tumor agressivo da cavidade abdominal, seguida da aplicação de quimioterápico aquecido na área afetada pela doença, com o objetivo de eliminar possíveis resíduos de células cancerígenas.

Isso foi em criança e adolescente ou em adulto?

Cirurgia de suporte

Feita para que os pacientes pediátricos oncológicos tenham acesso a outras terapias de maneira mais confortável. Um exemplo é a colocação de um cateter para a administração da quimioterapia para facilitar o procedimento.

O tratamento do câncer é desafiador tanto para adultos quanto para crianças e adolescentes. Ter acesso à informação de qualidade e contar com a atenção de um especialista em cirurgia oncológica pode fazer toda a diferença para passar por esse momento. Você pode encontrar esse profissional em nosso site pela ferramenta de busca por especialista. Conte sempre conosco!

Autor:
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica – SBCO é uma sociedade civil sem fins lucrativos, com personalidade jurídica própria, fundada em 31 de maio de 1988, cuja finalidade é congregar cirurgiões oncológicos e outros profissionais envolvidos no cuidado à pessoa com câncer.
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