Existem diversos tipos de tratamentos para câncer colorretal, dos quais a cirurgia é parte fundamental. Mas, dependendo do estágio em que a doença for detectada, assim como das condições clínicas do(a) paciente, podem ser indicados diferentes conjunto de ações.
Neste artigo, falamos mais a respeito — com destaque para as técnicas de cirurgias oncológicas minimamente invasivas, empregadas na abordagem dos tumores colorretais. Continue a leitura e confira!
Quais são os tratamentos para câncer colorretal?
Os tratamentos para câncer colorretal consistem na adoção de três pilares:
- cirurgia (convencional ou minimamente invasiva);
- radioterapia;
- quimioterapia;.
- e/ou imunoterapia.
A ordem e a escolha de cada terapêutica variam de acordo com o estadiamento, a localização e a disseminação da doença. Em geral, a ressecção é a principal abordagem para tumores no cólon (intestino grosso), sobretudo em estágios iniciais. Já para tumores no reto ou no ânus, a cirurgia não costuma estar na primeira opção do tratamento, mas pode ser realizada no seu decorrer.
Assim, a indicação para o procedimento, assim como o objetivo da cirurgia (se curativa ou paliativa), são determinados pelo/a cirurgião/ã oncológico/a e pela equipe multidisciplinar que o/a acompanha.
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Como funciona a cirurgia minimamente invasiva?
Como explicado, a cirurgia é a principal opção entre os tratamentos para câncer colorretal. Para pólipos intestinais (lesões benignas, mas com alto potencial de malignidade) e tumores superficiais, costuma-se realizar a excisão por colonoscopia (sem incisões na pele). Nesse caso, introduz-se o colonoscópio (um instrumento endoscópico) pelo ânus, o qual permite visualizar e retirar as áreas acometidas e margens adjacentes.
Quando é preciso remover parte ou todo o órgão acometido, assim como dos gânglios linfáticos nas proximidades, realiza-se uma colectomia (parcial ou total). Nesse caso, o procedimento pode ser feito por via aberta (incisão abdominal) ou de forma minimamente invasiva, por meio de:
- videolaparoscopia (ou videocirurgia),através de três ou quatro pequenas incisões abdominais, por onde são introduzidos as pinças e a câmera;
- cirurgia robótica, cujo o acesso é similar à videolaparoscopia, através de punções na parede abdominal, mas há o auxílio de um robô que permite visualização tridimensional das estruturas e maior precisão de movimentos.
Em relação à recuperação, na cirurgia convencional o/a paciente permanece internado por até uma semana e o retorno às atividades de rotina demora, pelo menos, um mês. Nas abordagens minimamente invasivas, o tempo de internação é menor e a retomada da rotina é mais rápida.
Qual é o papel da cirurgia no combate à doença?
A cirurgia para ressecção de tumores no cólon, no reto e/ou no ânus, bem como dos gânglios linfáticos próximos, visa a cura ou o controle da doença. Para tanto, realiza-se a anastomose (emenda) das duas extremidades livres do intestino.
Dependendo da técnica empregada, o paciente pode ter que usar uma bolsa coletora (colostomia),para o processo de evacuação das fezes. Essa pode ser permanente ou temporária, até a cicatrização dos tecidos envolvidos.
O/A cirurgião(ã) oncológico é o especialista no tratamento de tumores malignos, sendo habilitado a realizar procedimentos complexos. Para isso, conta com o apoio de uma equipe multidisciplinar, incluindo anestesistas, patologistas, oncologistas clínicos, entre outros.
Como é o pré e o pós-operatório?
Além dos exames e preparos comuns a todos os procedimentos cirúrgicos, a cirurgia para o câncer colorretal exige cuidados adicionais com relação a jejum, preparo intestinal e uso de medicamentos. No entanto, a orientação específica é individualizada, variando conforme as condições de cada paciente.
O período pós-operatório, assim como o pré-operatório, também engloba cuidados distintos. Esses, por sua vez, variam de acordo com o tipo de procedimento, sua extensão e as condições individuais.
Quando é necessário o uso de uma bolsa para colostomia, por exemplo, é preciso adotar algumas medidas para ter mais segurança e qualidade de vida, tais como:
- higienizar a bolsa coletora todos os dias, sendo que a troca pode ser feita uma ou duas vezes por semana, conforme a necessidade;
- esvaziar quando estiver acima de um terço da capacidade, evitando o peso excessivo e reduzindo o risco de descolamento da bolsa;
- ficar atento/a a possíveis sinais de alterações, como irritação da pele ao redor da bolsa ou febre;
- evitar ambientes com altas temperaturas, como praias;
- alimentar-se de forma saudável e nutricionalmente balanceada.
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Para ajudar pacientes e familiares a terem uma recuperação mais rápida e satisfatória, outros profissionais (como enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas e psicólogos) podem acompanhá-los nesta etapa. Após a completa recuperação pós-cirúrgica, é possível retomar a rotina, incluindo a prática de atividades físicas leves, sempre seguindo as orientações médicas.
Como mostrado, a escolha da cirurgia entre os tratamentos para câncer colorretal é imperativa. Mas, para que o procedimento seja o mais assertivo possível, ser acompanhado por uma equipe qualificada, coordenada por um/a especialista em cirurgia oncológica, é indispensável!
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