Como funciona a cirurgia para câncer colorretal?

Como funciona a cirurgia para câncer colorretal?

Por: PUBLICADO EM: 10 ago 2022

À medida que aumenta a incidência do câncer em todo o mundo, também se intensifica os estudos e a busca por novos recursos no tratamento da doença, com procedimentos cirúrgicos cada vez mais avançados. Isso vale para todos os tipos de tumores, mas, neste artigo, vamos nos focar na cirurgia para câncer colorretal.

Se você chegou até nós em busca de respostas sobre esse tipo de intervenção e quer saber como funciona a cirurgia oncológica para o tratamento do câncer colorretal, explicamos agora as técnicas mais adotadas e como é feita a escolha do método mais adequado.

O que é o câncer colorretal?

Antes de falarmos com detalhes sobre a cirurgia para o câncer colorretal, é importante conhecer mais sobre a doença. Aqui mesmo em nosso site, você pode acessar vários artigos com essa temática, como o que explica as prováveis causas desse tipo de câncer. Ainda assim, faremos um repasse sobre a doença.

O câncer colorretal é o que atinge a região que vai do intestino grosso ao reto e origina-se (na maioria das vezes) a partir do desenvolvimento de pólipos (lesões benignas causadas pelo crescimento de tecidos nas paredes internas do intestino).

A doença está fortemente relacionada com maus hábitos alimentares e possui uma incidência muito alta no Brasil, com mais de 40 mil novos casos e cerca de 20 mil mortes todos os anos. Apesar do número preocupante, a boa notícia é que, se diagnosticada a tempo, o tratamento tem grandes chances de cura. Neste cenário, a cirurgia pode ser a base para o combate do câncer colorretal.

Quando a cirurgia para câncer colorretal é indicada?

cirurgia para câncer colorretal é considerada um dos três pilares fundamentais em que se apoia o tratamento da doença. No entanto, ela não é indicada em todos os casos — isso dependerá da fase em que foi diagnosticado, assim como a extensão e a localização do tumor.

Quando descoberto na fase inicial, a cirurgia é a principal forma de tratamento, podendo ou não ser combinada com outras abordagens como a quimioterapia e a radioterapia. Para cada situação, haverá a melhor indicação conforme a análise da equipe médica que acompanha cada paciente. Daí a importância da equipe multidisciplinar para uma cirurgia oncológica segura.

Como é realizada a cirurgia para câncer colorretal?

Como dissemos, existem vários procedimentos cirúrgicos que podem ser adotados com sucesso para a retirada do tumor ou — ao menos — para controle paliativo dos sintomas e das sequelas do câncer colorretal. Os meios mais adotados na atualidade são:

Remoção por colonoscopia

É um procedimento pouco invasivo, realizado durante a colonoscopia. Este é indicado na retirada de tumores pequenos e muito superficiais, confinados à mucosa. Nesta cirurgia, não é feita nenhuma incisão no abdome. O tumor é removido como parte do pólipo ou pode ser um pouco mais extenso, removendo uma pequena quantidade de tecido do entorno, na parede do cólon.

Colectomia por cirurgia aberta

Considerada uma cirurgia para câncer colorretal de porte médio, ela tem o objetivo de remover a parte do intestino que contém o tumor e os linfonodos da região. Apesar de raro, o(a) cirurgião(ã) oncológico(a) pode optar pela colostomia temporária — quando a situação oncológica ou do paciente requer mais cuidado.

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Colostomia é o procedimento através do qual o intestino grosso fica exteriorizado na parede abdominal e as fezes saem em uma bolsa coletora. Pode ser temporária ou permanente.

Colectomia laparoscópica

Realizada por via laparoscópica, essa cirurgia é feita por meio de três a quatro pequenas incisões por onde a câmera e as pinças são introduzidas. Neste procedimento, a parte doente do intestino é removida por meio de uma incisão pouco maior na parede abdominal. Neste caso, a vantagem é que a intervenção requer menos tempo de internação, menor risco de complicações e recuperação, em geral, mais rápida.

Cirurgia para doença disseminada

Quando o câncer já está disseminado — e com tumores que bloqueiam o cólon, pode ser realizada uma cirurgia para aliviar a obstrução, sem remover a parte do cólon que contém o tumor. Neste procedimento, o cólon é seccionado acima do tumor e colocado um estoma para permitir a eliminação das fezes.

Conhecida como derivação de colostomia, essa intervenção ajuda na recuperação do paciente, o suficiente para dar início a outros tratamentos, como a quimioterapia. Em outros casos, como quando a disseminação da doença chega aos pulmões ou ao fígado,  por exemplo, é realizada uma cirurgia para remoção nessas regiões.

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No entanto, como sempre destacamos, a definição sobre a realização de qualquer um desses procedimentos parte da avaliação individual, consenso da equipe multidisciplinar e concordância do paciente e seus familiares.

Quais os cuidados antes e depois da cirurgia?

A preparação no período que antecede a cirurgia para câncer colorretal, assim como os cuidados no pós-operatório podem variar de acordo com uma série de fatores. Assim, dependendo do tipo e porte de cirurgia, a extensão da doença e as condições gerais de saúde do paciente, haverá um conjunto de medidas a serem tomadas.

Por essa razão, é fundamental estar assistido por um grupo de profissionais que acompanhem integralmente a situação de cada pessoa, para um suporte não apenas físico, mas emocional e psicológico, sempre que necessário.

Sendo assim, se você precisa ou deseja se consultar com um especialista em Cirurgia Oncológica, com reconhecida capacitação e atuação de confiança, pode encontrar um profissional perto do seu endereço usando nossa ferramenta de busca, aqui mesmo no site da SBCO. E, se tiver qualquer dúvida sobre o assunto, pode encontrar muitos artigos em nosso blog. Conte conosco.

Autor:
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica – SBCO é uma sociedade civil sem fins lucrativos, com personalidade jurídica própria, fundada em 31 de maio de 1988, cuja finalidade é congregar cirurgiões oncológicos e outros profissionais envolvidos no cuidado à pessoa com câncer.
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