Os sintomas de câncer de endométrio não são específicos da doença, ou seja, podem ter relação com diversas outras condições. Ainda assim, é importante conhecê-los para que suas causas sejam investigadas. Afinal, se a doença for confirmada, quanto antes o tratamento começar, maiores as chances de cura.
Neste artigo, falamos mais a respeito desse tipo de neoplasia. Para conhecer seus fatores de risco e o que ela pode provocar, bem como proceder em caso de suspeita, continue a leitura!
O que é o câncer endometrial e qual é a sua incidência?
Cerca de 95% das neoplasias malignas do corpo do útero se originam no endométrio (revestimento interno do órgão). Os tumores surgem quando as células do endométrio crescem descontroladamente, sendo o adenocarcinoma o tipo histológico mais frequente.
Segundo a American Cancer Society, nos Estados Unidos, o câncer de endométrio é o tumor maligno mais comum nos órgãos reprodutivos femininos. Ele afeta, principalmente, mulheres na fase pós-menopausa com mais de 60 anos de idade, sendo incomum naquelas com menos de 45 anos.
O que pode provocar sua ocorrência?
Existem diversos fatores de risco associados ao câncer de endométrio, sendo que alguns podem ser alterados e outros não. Mas, vale destacar que apresentar um ou mais deles não significa que a mulher irá desenvolver a doença. Da mesma forma, pacientes sem nenhum fator de risco conhecido também podem ser acometidas. Dito isso, confira o que pode afetar o risco de desenvolvê-la:
- alterações nos níveis hormonais (ligadas ao estrogênio), como em mulheres com menarca precoce, que nunca geraram filhos, que entraram na menopausa tardiamente ou que fizeram terapia de reposição hormonal;
- condições como síndrome do ovário policístico (SOP) e hiperplasia endometrial com atipia (espessamento do endométrio, presente em mulheres que não ovulam todos os meses);
- sobrepeso e obesidade, pois o excesso de tecido adiposo aumenta os níveis de estrogênio;
- idade avançada;
- dieta rica em gordura e sedentarismo;
- diabetes tipo 2;
- histórico familiar para câncer endometrial ou colorretal (síndrome de Lynch);
- ter tido câncer de mama ou de ovário no passado;
- ter realizado radioterapia na pelve.
Quais são os sinais e sintomas de câncer de endométrio?
A maioria das pacientes com essa neoplasia apresenta sangramento vaginal anormal ou algum corrimento. No primeiro caso, pode-se notar um aumento do fluxo nos ciclos menstruais, sangramento irregular entre os períodos ou, ainda, hemorragia pós-menopausa. No segundo, mesmo que não haja a presença de sangue, é preciso ficar alerta.
Além disso, a paciente acometida pela doença pode sentir dor pélvica ou notar a presença de uma massa palpável na região. A perda de peso sem causa aparente também pode estar relacionada ao problema.
Geralmente, os sinais e sintomas de câncer de endométrio ocorrem à medida que o tumor cresce e se espalha, tornando-se avançado. No entanto, algumas vezes os tumores progridem sem se manifestar.
Portanto, é importante reforçar que a melhor maneira de identificar o câncer endometrial precocemente é indo às visitas médicas periódicas. Nesses casos, as chances de o tratamento ser bem-sucedido aumentam consideravelmente.
Como não existe triagem (testagem precoce) para mulheres assintomáticas, recomenda-se relatar ao médico a ocorrência de qualquer vazamento vaginal anormal. Com esse cuidado, pode-se identificar tumores em estágios iniciais, quando ainda são pequenos e estão restritos ao local de origem.
Por fim, quando existe risco aumentado para a doença, devido à idade, obesidade, histórico familiar, entre outros fatores, deve-se conversar com o(a) respectivo(a) médico(a). Nesse caso, o intuito é traçar estratégias preventivas o mais eficientes possível.
O que fazer em caso de suspeita da doença?
De fato, a incidência do carcinoma endometrial vem aumentando nas últimas décadas. Existem diversas razões para a isso, a começar pelo aumento da expectativa de vida da população feminina.
Sendo assim, caso identifique um ou mais sinais ou sintomas de câncer de endométrio, mantenha a calma e procure um(a) médico(a). Embora todos os possíveis indícios também possam ser provocados por outras condições (benignas),é preciso investigá-los. Dessa maneira, se a doença for encontrada, pode-se interromper sua progressão, aumentando as chances de sucesso no tratamento.
Se necessário, busque um especialista associado à Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO). Essa é a melhor forma de obter suporte adequado para superar o quadro.
Caso ainda exista alguma dúvida, sinta-se à vontade para entrar em contato. Estamos à disposição para ajudar!