Câncer de pele: tudo que você precisa saber!

Câncer de pele: tudo que você precisa saber!

Por: PUBLICADO EM: 16 dez 2024

Você sabia que o câncer de pele é o tipo mais frequente no Brasil e no mundo? Apesar da exposição solar ser necessária, se inadequada, ela aumenta o risco da doença. Por isso, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) traz uma mensagem importante: proteger a pele é uma questão de saúde!

Aproveitando a temporada da campanha Dezembro Laranja, dedicada à conscientização sobre a prevenção do câncer de pele, decidimos falar a respeito. Neste artigo, entenda como a doença se desenvolve, quais são seus sintomas e como tratá-la. Continue a leitura e saiba mais!

O que é o câncer de pele?

O câncer de pele é um tumor maligno causado pelo crescimento anormal de células da pele. Isso, por sua vez, leva à formação de camadas que determinam o tipo da doença (carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular ou melanoma).

Sintomas

Os principais sintomas do câncer de pele são o surgimento de manchas que coçam, descamam ou sangram. Além disso, pintas ou sinais da pele que mudam de tamanho, formato ou cor também são sinais de alerta, assim como feridas que não cicatrizam em alguns dias.

Incidência

De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer),são registrados mais de 185 mil casos de câncer de pele, todos os anos, no Brasil. Esse número se refere à soma de todos os tipos da doença.

Quais são os tipos da doença?

O câncer de pele pode ser do tipo não melanoma ou melanoma. O primeiro é mais comum (maior incidência em volume) e menos nocivo. Já o segundo é mais grave, porém, menos frequente. Conheça-os a seguir.

Câncer de pele não melanoma

câncer de pele não melanoma é o mais frequente em todo o mundo. No Brasil, ele corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados anualmente.

Se detectado precocemente, apresenta alta probabilidade de cura. Mas, atenção: apesar de ser o que menos resulta em mortalidade, se não for adequadamente tratado, ele pode deixar mutilações expressivas na região afetada.

Trata-se de uma neoplasia mais comum em pessoas de pele clara e, portanto, com mais sensibilidade à ação dos raios solares. O histórico familiar e a idade (acima de 40 anos) também são fatores de atenção para desenvolver a doença. Isso não significa, porém, que os mais jovens estejam livres desse risco.

Vale destacar que o tumor não melanoma pode ser de subtipos distintos. São eles:

  • carcinoma basocelular, que representa cerca de 80% dos casos de câncer de pele não melanoma, originando-se nas camadas mais profundas da pele;
  • carcinoma espinocelular, que responde pela maior parte dos tumores restantes, originando-se na camada superficial da epiderme, principalmente, nas partes mais expostas ao sol, como orelhas, lábios e dorso da mão;
  • câncer de pele de células de Merkel, linfoma de pele, tumores anexiais de pele, sarcoma de Kaposi e outros sarcomas, considerados tipos raros, responsáveis por menos de 1% das neoplasias de pele.

Câncer de pele melanoma

câncer de pele melanoma se desenvolve a partir do crescimento desordenado dos melanócitos — células que produzem melanina (proteína responsável pela coloração da pele, cabelos e olhos). A doença pode ocorrer em qualquer parte do corpo, atingindo a pele ou as mucosas.

Segundo o Inca, o melanoma corresponde apenas a 4% dos tumores malignos de pele. Apesar da baixa incidência, trata-se da forma mais agressiva da doença, dado ao elevado potencial de provocar metástase (disseminação para outros órgãos e tecidos).

Em sua fase inicial, o melanoma se desenvolve apenas na camada mais superficial da pele. Essa característica facilita a remoção cirúrgica e a cura do tumor.

Já quando atinge um estágio mais avançado, a lesão se torna mais profunda e espessa. Isso aumenta a chance de se espalhar e diminui as possibilidades de cura.

Por isso, pode-se afirmar que a chance de cura depende do diagnóstico precoce e do tratamento adequado. Esse, geralmente, é baseado em cirurgia oncológica e medicamentos imunoterápicos.

Quais são os fatores de risco para a doença?

O principal fator de risco para o câncer de pele é a exposição excessiva à radiação solar ultravioleta, conhecidas como raios UVA e UVB. Ou seja: o mesmo sol que ilumina nossos dias, melhora nosso humor e nos faz produzir vitamina D, também pode provocar câncer de pele.

Além disso, sabe-se que a hereditariedade tem impacto no desenvolvimento do melanoma, especificamente. Por isso, familiares de pacientes diagnosticados com a doença, sobretudo os de primeiro grau, devem se submeter a exames preventivos regularmente.

Câncer de pele: tudo que você precisa saber!

É possível prevenir sua ocorrência?

Como mostrado, o câncer de pele é causado, principalmente, por fatores sobre os quais não temos controle (radiação solar e histórico familiar). Isso faz com que muita gente acredite que não haja medidas preventivas eficazes. Porém, essa crença está equivocada.

Felizmente, há atitudes simples, que podem ajudar a proteger a pele e diagnosticar indícios da doença em sua fase inicial. São elas:

  • evitar a exposição solar nos horários de radiação intensa, das 10h às 16h;
  • aplicar filtro solar sempre que ficar ao ar livre, mesmo que o sol não esteja visível;
  • usar barreiras físicas (como chapéus e roupas com proteção UV, além de ficar em áreas com sombra);
  • ficar atento a possíveis alterações na pele, sejam elas manchas ou pintas, que mudam de cor, forma ou tamanho;
  • ir às consultas regulares com o dermatologista e fazer os exames preventivos, essenciais para o diagnóstico precoce da doença.

Como é o tratamento do câncer de pele?

Quando diagnosticado precocemente, o tratamento é mais simples e efetivo, levando a um bom prognóstico. Isso porque, como já dissemos, as chances de cura dependem de quando o câncer de pele é descoberto.

No caso de um tumor não melanoma, o principal tratamento consiste na remoção cirúrgica do tumor. Por vezes, o procedimento pode ser associado à radioterapia. Outra possibilidade é a realização de terapia fotodinâmica, indicada para a ceratose actínica (lesão precursora da doença),carcinoma basocelular superficial e carcinoma epidermoide “in situ”. Além disso, a criocirurgia e a imunoterapia tópica são também opções para alguns casos da doença.

Para o tumor melanoma, a abordagem varia conforme a extensão da doença. Em geral, além da cirurgia oncológica, podem ser combinados outros tratamentos, incluindo quimioterapia, radioterapia e imunoterapia.

Leia tambémTire suas dúvidas sobre a cirurgia de câncer de pele

Assim, a presença de um/a cirurgião/ã oncológico/a pode fazer toda a diferença no combate ao câncer de pele e no incremento das chances de recuperação. Afinal, trata-se do/a profissional que, acompanhado de uma equipe multidisciplinar, será capaz de definir o procedimento mais adequado para cada situação.

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) conta com membros por todo o Brasil. Caso precise de ajuda para encontrar um/a especialista perto de você, utilize a nossa ferramenta de busca!

Autor:
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica – SBCO é uma sociedade civil sem fins lucrativos, com personalidade jurídica própria, fundada em 31 de maio de 1988, cuja finalidade é congregar cirurgiões oncológicos e outros profissionais envolvidos no cuidado à pessoa com câncer.
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