Viver no “país tropical” tem suas vantagens. O calor humano e o acolhimento típicos do brasileiro são notados no mundo inteiro. Mas, o sol que traz essa luz aos nossos dias também é motivo de preocupação, já que está entre os principais fatores de risco para o Câncer de pele.
Este é o tipo mais incidente da doença no Brasil. Tanto que existe um mês inteiro dedicado à campanha de conscientização para os riscos de desenvolver o câncer de pele: o mês de dezembro. Neste artigo, vamos falar um pouco sobre esta doença: como ela se desenvolve, quais os sintomas, como prevenir e tratá-la. Acompanhe conosco.
O que é o Câncer de pele?
O Câncer de pele é uma forma da doença que tem origem nos melanócitos — células que produzem a melanina. Ela pode ocorrer em qualquer parte do corpo, atingindo a pele ou as mucosas. Em geral, se manifesta em forma de manchas, pintas ou sinais.
No Brasil, é o tipo de câncer com maior incidência. De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer), são registrados mais de 185 mil casos da doença todos os anos. Esse número se refere à soma dos dois tipos de câncer de pele: o melanoma e o não melanoma.
Quais os tipos de câncer de pele?
Quando falamos em Câncer de pele é normal que venha à mente uma forma leve e pouco nociva da doença. Mas este é, na realidade, um dos tipos de Câncer mais frequentes no Brasil. A seguir, mostramos cada um deles e explicamos suas principais diferenças.
Câncer de pele não melanoma
Este é o mais frequente no Brasil e corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados anualmente. Se detectado precocemente, o tipo não melanoma apresenta alta probabilidade de cura. Apesar de ser o que menos resulta em mortalidade, se não for tratado adequadamente, ele pode deixar mutilações expressivas na região afetada.
O chamado não melanoma é mais comum em pessoas de pele clara e, portanto, com mais sensibilidade à ação dos raios solares. O histórico familiar e a idade (acima de 40 anos) também são fatores de atenção para o risco de desenvolver a doença. Isso não significa, porém, que os mais jovens estejam livres dessa ocorrência.
O câncer de pele não melanoma pode apresentar tumores de diferentes tipos. Os mais frequentes são o carcinoma basocelular — que representa cerca de 80% dos casos, e começam nas camadas mais profundas da pele — e o carcinoma espinocelular, menos frequente e tem origem na camada mais superficial da epiderme. O carcinoma espinocelular costuma aparecer nas regiões mais expostas, como orelhas, lábios e dorso da mão.
Câncer de pele melanoma
Este tipo da doença corresponde a 3% de toda a incidência registrada, segundo o INCA. Apesar da baixa incidência, trata-se da forma maligna e mais agressiva do Câncer de pele. Sua gravidade está ligada ao fato de poder apresentar metástase, que é quando a doença avança para outros órgãos.
Em sua fase inicial, o melanoma se desenvolve apenas na camada mais superficial da pele. Essa característica facilita a remoção cirúrgica e a cura do tumor. Já quando atinge o estágio mais avançado, a lesão se torna mais profunda e espessa — aumentando a chance de se espalhar para outros órgãos — e diminui as possibilidades de cura.
Por isso, podemos afirmar que a chance de sobrevida ao melanoma depende do diagnóstico precoce e tratamento adequado que, geralmente, é baseado em cirurgia oncológica e medicamentos imunoterápicos.
Quais os fatores de risco para o Câncer de pele?
O principal fator de risco para o Câncer de pele é a exposição excessiva à radiação solar, nomeadas de raios UVA e UVB.
Além disso, a hereditariedade também tem impacto no desenvolvimento do melanoma. Por isso, familiares de pacientes diagnosticados com a doença, sobretudo os de primeiro grau, devem se submeter a exames preventivos regularmente.
Como prevenir o Câncer de pele?
Diante da afirmação de que a doença pode ser causada principalmente por dois fatores sobre os quais não temos controle — a radiação solar e o histórico familiar —, pode parecer que não há medidas preventivas eficazes. Mas essa crença está equivocada. Há atitudes simples que podem ajudar a proteger a pele e diagnosticar indícios da doença em sua fase inicial:
- evitar a exposição solar nos horários de radiação crítica (das 10h às 16h);
- usar proteção solar sempre que houver exposição, mesmo que o sol não esteja visível;
- preferir os protetores físicos (chapéus, áreas de sombra, roupas com proteção UV, cremes bloqueadores de base mineral);
- ficar atento a possíveis alterações que surjam na pele, sejam elas manchas ou pintas, que mudam de cor, forma ou tamanho;
- fazer exames preventivos: as visitas regulares ao dermatologista são essenciais para o diagnóstico precoce.
Como é o tratamento do Câncer de pele?
Quando há regularidade nas consultas de rotina, o mais provável é que a doença seja detectada em sua fase inicial, o que é um bom prognóstico. Isso porque, como já dissemos, as chances de cura dependem de quando o Câncer de pele é descoberto.
Se for um não melanoma, a remoção do tumor costuma ser simples, como mostramos neste artigo. No caso dos melanomas, o procedimento varia de acordo com a extensão da doença. Em geral, podem ser combinados outros tratamentos que incluem quimioterapia, radioterapia e imunoterapia.
Por este motivo, a presença de um cirurgião oncológico pode fazer toda a diferença no combate à doença e no incremento das chances de recuperação. Ele é o profissional que, acompanhado de uma equipe multidisciplinar, será capaz de definir o procedimento mais adequado para cada situação.
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