Como é feita a cirurgia oncológica para o câncer de pele?

Como é feita a cirurgia oncológica para o câncer de pele?

Por: PUBLICADO EM: 03 dez 2021

Câncer de pele no Brasil se tornou tão comum que já chega a ser, erroneamente, banalizado. Ao contrário do que se pensa, ele pode se converter em uma manifestação grave da doença. A boa notícia é que, se detectado no início, a cirurgia oncológica para o câncer de pele apresenta excelentes resultados.

Este é o procedimento mais comum para tratar esse tipo da doença, seja ela a forma mais branda ou mais agressiva do Câncer. Para esclarecer esse assunto, que ainda gera dúvidas, preparamos este material com detalhes sobre os tipos de cirurgia, quando ela é indicada e quais os cuidados devem ser tomados antes e depois da intervenção.

Quando a cirurgia oncológica para o Câncer de pele é indicada?

A cirurgia oncológica é o procedimento mais adotado na grande maioria dos casos de Câncer de pele. Apenas em algumas exceções, em casos de carcinoma basocelular, como de carcinoma espinocelular devidamente avaliados pelo cirurgião oncológico, são adotados outros procedimentos como a criocirurgia e a imunoterapia tópica.

Quando se trata do melanoma, que é o tipo mais severo de câncer de pele, além da cirurgia, podem ser combinados outros procedimentos terapêuticos. Ainda assim, essa intervenção continua sendo considerada base para a eficiência do tratamento.

Leia aqui: Mitos e verdades sobre a cirurgia oncológica. Tire suas dúvidas

Como é feita a cirurgia oncológica para o Câncer de pele?

Existem diversos tipos de cirurgia oncológica para o câncer de pele. Isso quer dizer que não há uma explicação única sobre esse procedimento. escolha da modalidade cirúrgica dependerá do tipo da doença, sua extensão e estágio. De modo geral, podemos citar quais são as principais técnicas adotadas nos casos de Câncer de pele.

Cirurgias menos invasivas

Geralmente realizadas em lesões cancerosas de menor extensão e superficiais, como o câncer de pele basocelular e espinocelular. Entenda:

  • Excisão: realizada com anestesia local, consiste na retirada, com bisturi, da área afetada somada a uma borda de tecido normal, por segurança. Pode deixar uma pequena cicatriz;
  • Curetagem e eletrodissecação: remove o tumor por meio da raspagem com uma cureta. Em seguida, a área de onde o tumor foi retirado é tratada com uma corrente elétrica que destrói as células cancerígenas remanescentes;
  • Cirurgia a laser: usa o laser de CO2 para remover as células tumorais. Pode ser a opção mais eficaz para pacientes com desordens sanguíneas — como problemas de coagulação, pois não causa sangramentos.

Cirurgia de Mohs

Realizada quando não se sabe a extensão do tumor ou caso exista alto risco de recidiva da doença após o tratamento. Também é utilizada nas regiões em que é preciso poupar o máximo possível de pele saudável, como próximo aos olhos, parte central da face, orelhas ou dedos.

Nessa técnica o cirurgião remove uma camada da pele que pode ter sido invadida pelo tumor e mapeia sua localização. A amostra de tecido removida é analisada imediatamente por um patologista e, se ainda existirem células cancerígenas, remove-se mais um pouco de tecido, que volta a ser analisado pelo patologista.

Esse procedimento oferece um resultado mais eficaz se comparado com outras técnicas cirúrgicas. No entanto, trata-se de uma intervenção mais complexa e demorada do que outros métodos. Antes de optar por esse procedimento, é feita uma avaliação cautelosa pela equipe do cirurgião oncológico para definir sua viabilidade.

Cirurgia do linfonodo

Se os linfonodos próximos ao tumor estiverem aumentados, pode ser sinal de que o câncer chegou a esses pontos. Nesse caso, os gânglios linfáticos devem ser removidos cirurgicamente e analisados por um patologista.

Esse procedimento pode resultar em um efeito colateral de longo prazo, que é a formação de linfedema. Em resumo, essa condição leva ao acúmulo de líquidos nas pernas e braços e pode provocar, se for grave, problemas na pele e um aumento do risco de infecções no membro afetado.

Por isso, a equipe responsável pela cirurgia oncológica sempre avalia o risco de linfedema antes de optar por esse tipo de intervenção.

Melanoma avançado

Se a doença se desenvolveu em uma extremidade, como o dedo de uma mão ou do pé, dependendo do avanço e da profundidade do tumor, pode ser necessário realizar uma cirurgia de amputação desse membro.

Outra medida extrema, nos casos que já estão muito avançados, é a cirurgia de controle. Nessas situações, a intervenção não será capaz de curar a doença. Assim, o procedimento é adotado apenas para retardar a metástase, atenuar os sintomas e proporcionar alguma qualidade de vida ao paciente.

Como são os cuidados pré e pós-operatórios?

Como em qualquer procedimento cirúrgico, os cuidados pré-operatórios envolvem a avaliação do estado geral de saúde do paciente. Dependendo da cirurgia, pode ser necessário algum protocolo de preparação. Mas não precisa se preocupar. Se esse for o seu caso, a equipe multidisciplinar, acompanhada pelo seu cirurgião oncológico, irão fornecer todas as orientações.

Quanto ao período pós-cirúrgico, os cuidados dependem do tipo de intervenção realizada. As mais simples, para os não melanomas, por exemplo, normalmente são feitas na própria clínica e o paciente já é liberado na sequência.

Seja como for, é fundamental estar amparado por uma equipe médica qualificada, pronta para tomar as melhores decisões e garantir a segurança na cirurgia oncológica. Se você está à procura de cirurgião oncológico, pode utilizar a ferramenta de busca por especialistas aqui mesmo no site da SBCO para encontrar um profissional qualificado perto do seu endereço. Conte sempre conosco.

Autor:
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica – SBCO é uma sociedade civil sem fins lucrativos, com personalidade jurídica própria, fundada em 31 de maio de 1988, cuja finalidade é congregar cirurgiões oncológicos e outros profissionais envolvidos no cuidado à pessoa com câncer.
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