Câncer nos ossos: conheça 3 tipos que necessitam de cirurgia

Câncer nos ossos: conheça 3 tipos que necessitam de cirurgia

Por: ATUALIZADO EM: 02 jul 2021 | PUBLICADO EM: 10 jun 2021

O câncer nos ossos é um tipo de câncer que pode se manifestar de diversas maneiras. Por acometer uma região do corpo que nos dá suporte e estrutura, os tumores ósseos podem trazer consequências severas, quando não tratados corretamente e no momento certo.

Conheça 3 dos tipos mais comuns de câncer nos ossos e entenda a melhor forma de tratá-los:

Câncer nos ossos: conheça 3 tipos da doença

Geralmente, o câncer nos ossos têm início em células do tecido ósseo, que apresentam caracterização anormal. Da mesma forma, também é possível que o tumor ósseo se inicie a partir de células cancerosas de outros órgãos, como manifestação de metástase.  

É importante orientar que dos vários tipos de manifestação dos tumores ósseos, todos apresentam sintomas muito similares, como fraturas recorrentes, além de dor e inchaço nas articulações.

Por isso, dentre os tumores ósseos mais comuns, cabe-nos destacar cada um deles, demonstrando sua manifestação e tratamento. Fique atento:

Osteossarcoma

O osteossarcoma ou sarcoma osteogênico é um tumor maligno ósseo que se encontra mais incidente durante a infância ea adolescência, embora possa acontecer em qualquer época da vida. 

Na maioria das vezes, seu início se dá em células ósseas, principalmente nas pernas, sendo muito comum a alteração da marcha como uma das principais queixas do problema. No entanto, vale ressaltar que a doença pode acometer também braços e região pélvica.

O tratamento é sistêmico, sendo comumente indicado a quimioterapia aliada a cirurgia oncológica. Dessa forma, quando é feita a cirurgia, o intuito primordial é a preservação do membro, porém, quando necessário, deve ser feita a amputação do mesmo para evitar maiores complicações.

Obviamente, o tipo de tratamento local vai depender do estágio e localização do tumor, visando proporcionar melhor qualidade de vida ao paciente

Mieloma múltiplo

O mieloma múltiplo atinge células específicas da medula óssea, chamadas plasmócitos que, por sua vez, consistem em células responsáveis por combater bactérias e vírus do organismo. 

Dessa forma, quando há mieloma múltiplo, os plasmócitos se multiplicam de forma desordenada no organismo, além de apresentar caracterização anormal em sua estrutura celular. 

Isso leva a uma degradação geral do sistema sanguíneo, já que tende a comprometer também a produção das outras células sanguíneas, o que pode desencadear quadros de anemia, além de maior susceptibilidade à infecções. Além disso, os plasmócitos cancerosos passam a produzir a proteína monoclonal, uma espécie de proteína anormal que tende a se acumular no sangue e na urina. 

Em grande parte dos casos, o mieloma múltiplo atinge os ossos, desencadeando dores e fraturas espontâneas como principais sintomas de manifestação da doença.

Para tratar o mieloma múltiplo, é necessário considerar a idade do paciente, assim como outras condições de saúde, no intuito de otimizar o tratamento a ser escolhido. Assim sendo, a indicação da quimioterapia sempre será uma alternativa inicial, assim como o transplante de medula óssea. 

Da mesma maneira, a radioterapia também pode ser indicada como terapia complementar quando há intensas dores nos ossos ou danificação severa dos mesmos.

Sarcoma de Ewing

O sarcoma de Ewing se caracteriza por um tipo de câncer decorrente de anomalias genéticas, onde trechos de dois cromossomos se fundem e originam uma proteína que leva à produção celular desordenada e, consequentemente, ao surgimento do tumor. Vale considerar que, dentre os tipos de sarcoma de Ewing, o mais comum é o sarcoma de Ewing dos ossos.

Embora os sintomas da doença possam variar, é importante ressaltar que a primeira sinalização da doença é a queixa dor, que surge exatamente na região da localização do tumor. Além disso, outros sintomas podem surgir no local como: febre; fadiga; emagrecimento repentino; fraqueza; mancar ao andar; além de fraturas após atividades normais.

Para tratar o sarcoma de Ewing, o ideal é iniciar pela quimioterapia para evitar o surgimento de metástase. Após esse procedimento, será indicada a cirurgia, que visa a retirada do tumor com margens amplas, para maior segurança de que a doença não retorne. 

Vale ressaltar que quando o procedimento é feito de maneira especializada e segura por um profissional devidamente capacitado e de confiança, é possível evitar, ao máximo, uma amputação do membro afetado. O procedimento cirúrgico para o sarcoma de Ewing é bastante delicado e consiste em remover parte do osso para substituí-la por prótese interna ou enxerto ósseo.

Depois do procedimento cirúrgico, o paciente deverá passar por novas sessões de quimioterapia e radioterapia, que auxiliam na eficácia do tratamento e no prognóstico da doença.

É possível prevenir um câncer ósseo?

A prevenção do câncer ósseo é um tanto complexa, já que pode ser algo bastante específico. 

No entanto, de forma geral,reduzir as chances de desenvolver câncer consiste na adoção de hábitos saudáveis para a saúde como um todo, como evitar o tabagismo e o alcoolismo, assim como manter uma alimentação saudável e a prática de exercícios físicos regulares. 

Além disso, um fator de extrema importância é manter uma rotina frequente de visitas ao médico, principalmente se houver preocupação quanto ao histórico familiar de câncer.

Escolha um profissional de confiança

É importante considerar que o diagnóstico de um câncer ósseo pode ser feito por meio de uma radiografia, que possibilita constatar a suspeita do tumor, embora somente a biópsia possa comprovar a doença e identificar a especificidade do tipo de tumor.

Por isso, após o diagnóstico, certifique-se de escolher um profissional que seja realmente capaz de te ajudar, que seja um especialista em câncer ósseo. Lembre-se de questioná-lo no momento da consulta e de sanar todas as possíveis dúvidas que possam vir a surgir após a confirmação da doença. 

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Autor:
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica – SBCO é uma sociedade civil sem fins lucrativos, com personalidade jurídica própria, fundada em 31 de maio de 1988, cuja finalidade é congregar cirurgiões oncológicos e outros profissionais envolvidos no cuidado à pessoa com câncer.
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