Câncer nos ossos: 3 tipos que podem precisar de cirurgia

Câncer nos ossos: 3 tipos que podem precisar de cirurgia

Por: PUBLICADO EM: 10 mar 2025

câncer nos ossos é uma neoplasia considerada rara, que pode se manifestar de diversas maneiras, principalmente, por meio de dor, inchaço e/ou fraturas “inesperadas”. Por acometer uma estrutura responsável pelo suporte e sustentação do corpo, quando não tratados correta e oportunamente, os tumores ósseos podem trazer consequências severas.

Neste artigo, abordamos três tipos de câncer nos ossos que costumam necessitar de cirurgia — embora as indicações terapêuticas sejam sempre individualizadas, variando caso a caso. Para conhecê-los, continue a leitura.

Câncer nos ossos: conheça 3 tipos da doença

O câncer nos ossos pode ser primário, quando se desenvolve em células anormais do tecido ósseo, ou secundário, quando se manifesta nos ossos como metástase. O último é mais comum e ocorre, por exemplo, em muitos casos avançados de câncer de mama e câncer de pulmão.

Seja como for, é importante saber que, independentemente da origem, os tumores ósseos apresentam sintomas muito similares. É o caso das fraturas recorrentes, além da dor e do inchaço nas articulações.

A seguir, conheça mais sobre o câncer nos ossos de origem primária.

Osteossarcoma

osteossarcoma (ou sarcoma osteogênico) é o tumor ósseo maligno mais frequente. Ele é prevalente em crianças, adolescentes e jovens, embora possa ocorrer em qualquer época da vida.

Na maioria dos casos, este tipo de câncer nos ossos surge nas pernas, sendo a alteração da marcha uma das principais queixas relacionadas. No entanto, também pode acometer os braços, a pelve e outras regiões do corpo.

A escolha do tratamento depende do estágio e da localização do tumor. Em geral, opta-se pela abordagem sistêmica, sendo comum indicar a quimioterapia aliada à cirurgia oncológica — sempre que possível, visando a preservação do membro.

Câncer nos ossos: 3 tipos que necessitam de cirurgia

Sarcoma de Ewing

sarcoma de Ewing também é mais incidente em crianças, adolescentes e adultos jovens. Ele ocorre quando trechos de dois cromossomos se fundem e originam uma proteína que leva à produção celular desordenada, formando o tumor. Entre os subtipos existentes, o mais comum é o sarcoma de Ewing dos ossos, o qual se desenvolve, principalmente, na perna, pelve e tórax.

Embora os sintomas possam variar, a primeira sinalização da doença é a queixa de dor na região do tumor. Outros sintomas comuns são a febre, a fadiga, o emagrecimento repentino e a fraqueza, além de começar a mancar e/ou sofrer fraturas após atividades habituais.

Em geral, o tratamento se inicia pela quimioterapia, para prevenir o surgimento de metástase. Após essa etapa, indica-se a ressecção cirúrgica com margens amplas, visando prevenir recidivas (retorno da doença).

Quando a cirurgia é feita por um/a profissional devidamente capacitado/a, evita-se, ao máximo, a amputação do membro afetado. Vale ressaltar que o procedimento é bastante delicado e consiste em remover parte do osso, substituindo-a por prótese interna ou enxerto ósseo.

Depois da cirurgia, o paciente deverá passar por sessões de quimioterapia e radioterapia. Isso porque, o tratamento adjuvante (complementar) favorece o prognóstico da doença.

Mieloma múltiplo

mieloma múltiplo afeta as células da medula óssea ligadas à produção de anticorpos (plasmócitos),fazendo com que se multipliquem de forma desordenada e apresentem uma caracterização anormal. Isso, por sua vez, prejudica o sistema sanguíneo, podendo desencadear quadros de anemia e aumentando a susceptibilidade a infecções.

Além disso, os plasmócitos cancerosos passam a produzir a proteína monoclonal, uma proteína anormal, que tende a se acumular no sangue e na urina. Quando o mieloma múltiplo atinge os ossos, costuma provocar dores, principalmente, nas costas, costelas e quadris, bem como fraturas espontâneas.

Para tratar a doença, considera-se a idade do paciente, assim como as condições de saúde, no intuito de otimizar o tratamento. Geralmente, a quimioterapia costuma ser a alternativa inicial, assim como o transplante de medula óssea.

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A radioterapia, por sua vez, pode ser indicada como terapia complementar. A recomendação ocorre, geralmente, quando há dores intensas nos ossos ou danificação severa dos mesmos.

É possível prevenir o câncer nos ossos?

Por se tratar de uma doença de causa não definida, não é possível determinar formas específicas de prevenção. No entanto, para reduzir as chances de desenvolver neoplasias em geral, recomenda-se adotar hábitos de vida saudáveis. Isso inclui evitar o tabagismo e o alcoolismo, assim como manter uma alimentação saudável e a prática de exercícios físicos regulares.

Além disso, um fator de extrema importância é ir aos check-ups de rotina. Sabe-se que manter uma rotina de visitas ao médico, principalmente, se houver histórico familiar de câncer, é essencial.

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Que profissional deve conduzir o caso?

A hipótese de tumor ósseo costuma surgir após a identificação de achados suspeitos na radiografia. No entanto, somente a biópsia pode comprovar a doença e determinar seu tipo e estadiamento (estágio do tumor).

Em caso de confirmação, certifique-se de escolher um/a médico que seja realmente capaz de te ajudar e que demonstre preocupação com a sua saúde e qualidade de vida. Para tanto, ortopedistas e outros médicos/as, de preferência, especialistas em câncer nos ossos, se mostram os/as profissionais mais bem preparados/as.

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A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica – SBCO é uma sociedade civil sem fins lucrativos, com personalidade jurídica própria, fundada em 31 de maio de 1988, cuja finalidade é congregar cirurgiões oncológicos e outros profissionais envolvidos no cuidado à pessoa com câncer.
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