Saiba quais casos de câncer de pulmão precisam de cirurgia

Saiba quais casos de câncer de pulmão precisam de cirurgia

Por: ATUALIZADO EM: 24 ago 2021 | PUBLICADO EM: 17 jul 2021

Os casos de câncer de pulmão que precisam de cirurgia dependem da situação do paciente, pois a opção de tratamento pode variar. Após o diagnóstico da doença, o ideal é conversar com o médico responsável para optar pela melhor escolha do tratamento, que vai depender de cada quadro.

É fundamental fazer a prevenção do câncer de pulmão, evitando os principais fatores de risco. No entanto, quando isso não é mais possível, a doença deve ser tratada com urgência e sob a responsabilidade de um cirurgião confiável e toda a equipe multidisciplinar para garantir os melhores resultados.

Leia o artigo para compreender de que forma é possível tratar o câncer de pulmão de maneira eficaz, a partir da cirurgia oncológica.

Saiba quais casos de câncer de pulmão que precisam de cirurgia

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), estima-se para o Brasil, cerca de 17.760 novos casos de câncer de pulmão em homens e 12.440 em mulheres, quando consideramos cada ano do triênio 2020–2022.

Classificado como o segundo tipo de câncer mais comum em homens e mulheres no Brasil, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma, o câncer de pulmão encontra-se como o primeiro mais incidente do mundo desde 1985, tanto para a quantidade de casos, como para o índice de mortalidade, segundo informações do INCA.

Para compreender melhor sobre a eficácia do tratamento do câncer de pulmão, vamos observar de que forma a doença se manifesta e a melhor maneira de obter um diagnóstico seguro.

Fatores de risco e diagnóstico para o câncer de pulmão

O principal fator de risco para o câncer de pulmão é o tabagismo. Segundo o INCA, a mortalidade por câncer de pulmão entre fumantes é cerca de 15 vezes maior do que entre pessoas que nunca fumaram e entre os que já foram fumantes, o número é quatro vezes maior em relação aos que nunca fumaram.

No entanto, além do tabagismo, outros fatores importantes de atenção são: 

  • exposição à poluição do ar; 
  • infecções pulmonares de repetição; 
  • deficiência ou excesso de vitamina A; 
  • doença pulmonar obstrutiva crônica; 
  • fatores genéticos;
  • histórico familiar da doença.

Além disso, a idade também é um fator agravante, já que a maior parte dos casos atinge pessoas entre 50 e 70 anos. Por isso, para evitar a doença é importante também evitar os fatores de risco correspondentes.

O diagnóstico do câncer de pulmão pode ser confirmado por alguns exames, que antecedem a comprovação pela biópsia. Após a identificação de suspeitas para a doença, um raio-x do tórax e uma tomografia computadorizada são importantes para sanar dúvidas iniciais.

Além disso, a broncoscopia (endoscopia respiratória) será feita para promover uma análise mais aprofundada e, finalmente, permitir a biópsia, que é o meio mais preciso de confirmação da doença.

Tratamento para o câncer de pulmão: conheça as cirurgias

Assim como em qualquer outro tipo de câncer, a escolha do tratamento vai depender do quadro de cada paciente.

Inicialmente, será feito o diagnóstico histológico e o estadiamento da doença para definir se a doença está localizada apenas no pulmão ou se existe disseminação para outros órgãos.

Nos pacientes com doença localizada no pulmão e nos linfonodos, será indicada a quimioterapia e a radioterapia simultaneamente. No caso de metástase, além da quimioterapia, o tratamento conta também com terapia-alvo.

De toda forma, é importante considerar que o tratamento para o câncer de pulmão conta com a radioterapia, quimioterapia, terapia-alvo e, principalmente, o procedimento cirúrgico. Vale lembrar que todas as abordagens podem ser combinadas entre si.

Cirurgia: entenda indicações para cada caso de câncer de pulmão

Dentre todos os tratamentos, o procedimento cirúrgico é o que mais proporciona resultados efetivos do controle do câncer de pulmão.

De acordo com o INCA, cerca de 20% dos casos são passíveis de cirurgia, já que na grande maioria das vezes, o diagnóstico é feito quando a doença já apresenta metástases ou quando a condição do paciente não oferece suporte para o procedimento.

A cirurgia consiste na retirada do tumor, sempre levando em conta uma margem de segurança para garantir a eficácia da operação. Além disso, deve ser feita a remoção dos linfonodos próximos ao órgão e localizados no mediastino.

Existem três formas de tratar o câncer de pulmão de maneira cirúrgica: lobectomia; segmentectomia e ressecção em cunha; e pneumectomia.

Lobectomia

A lobectomia consiste na retirada de todo o lobo pulmonar, na região onde o tumor se encontra. De todos os procedimentos, é considerado o tipo de cirurgia mais adequada para extinguir a doença de forma anatômica.

Segmentectomia e ressecção em cunha 

A segmentectomia e ressecção em cunha é o procedimento que consiste na retirada de uma pequena parte do pulmão, ou seja, mais precisamente o segmento que envolve o tumor. 

Esse procedimento é indicado para os pacientes com câncer de pulmão na fase inicial, que apresentam tumores ainda pequenos. Também está indicada para aqueles que apresentam condições limitadas para uma cirurgia de maior porte.

Pneumectomia

Já a pneumectomia é a operação destinada a retirar um pulmão inteiro. Por ser de alta complexidade, essa cirurgia apresenta indicações limitadas, já que não pode ser tolerada por alguns pacientes, embora seja crucial para determinados casos.

Por isso, a cirurgia oncológica para o câncer de pulmão é essencial para o controle da doença e melhora da qualidade de vida do paciente, mas deve ser realizada por profissionais devidamente capacitados e experientes, além de sempre oferecer um atendimento humanizado ao paciente.

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Autor:
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica – SBCO é uma sociedade civil sem fins lucrativos, com personalidade jurídica própria, fundada em 31 de maio de 1988, cuja finalidade é congregar cirurgiões oncológicos e outros profissionais envolvidos no cuidado à pessoa com câncer.
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