A cirurgia oncológica no câncer de pele apresenta elevada taxa de sucesso, principalmente, quando a doença é detectada em estágio inicial. Trata-se, aliás, da estratégia terapêutica mais empregada no combate a esse tipo de neoplasia, considerada bastante comum no Brasil.
Neste artigo, mostramos quais são as técnicas disponíveis e quais são os cuidados exigidos pelo procedimento. Continue a leitura e confira.
Como funciona a cirurgia oncológica no câncer de pele?
Existem várias técnicas de cirurgia oncológica no câncer de pele. A indicação é feita pelo/a especialista de forma individualizada, considerando o tipo da doença, sua extensão e estágio no momento do diagnóstico. Conheça as técnicas mais empregadas a seguir.
Cirurgia excisional
A cirurgia excisional é realizada sob anestesia local. O procedimento consiste na remoção do tumor e das margens adjacentes com bisturi, resultando em uma pequena cicatriz.
Curetagem e eletrodissecação
A curetagem consiste na retirada do tumor por meio da raspagem com uma cureta. A eletrodissecação, por sua vez, é o tratamento da área afetada com uma corrente elétrica, visando a destruição de células tumorais remanescentes.
Cirurgia a laser
A cirurgia a laser emprega CO2 para ressecar o tumor. O procedimento costuma ser realizado em pacientes com distúrbios de coagulação, pois não causa sangramento.
Cirurgia de Mohs
A cirurgia de Mohs consiste na remoção da área acometida, a qual é imediatamente analisada por um/a médico/a patologista. Se houver células cancerígenas nas margens próximas, amplia-se a ressecção e, novamente, submete-a à avaliação histopatológica.
Trata-se de uma técnica mais complexa e demorada, mas cujos resultados são mais eficientes. Ela costuma ser empregada em quadros em que não se conhece a real extensão do tumor ou quando há alto risco de recidiva.
Cirurgia de remoção dos linfonodos
A cirurgia de remoção dos linfonodos (linfadenectomia) próximos é necessária quando os mesmos estão comprometidos. Ela é comumente necessária em casos de melanoma avançado.
Cirurgia de amputação
A cirurgia de amputação é necessária em casos de melanomas (tipo mais severo de câncer de pele) avançados, localizados em extremidades do corpo, como dedos. Dependendo do grau de comprometimento, o tratamento exige a remoção do órgão afetado.
Saiba mais em: Câncer de pele: tudo que você precisa saber!
Quais são os cuidados em cada etapa do tratamento?
Os cuidados que antecedem a cirurgia se baseiam na avaliação do estado de saúde do/a paciente e do tipo de cirurgia a ser realizada. Dependendo do quadro, o/a cirurgião/ã pode indicar um protocolo de preparação específico, incluindo a supressão de determinados medicamentos e/ou suplementos que interferem na coagulação. No dia da operação, deve-se realizar jejum pelo tempo determinado pelo/a médico/a responsável.
Geralmente, o procedimento é simples e rápido. Tumores pequenos e localizados, do tipo não melanoma, costumam ser removidos no próprio consultório (ambiente ambulatorial),sem a necessidade de internação hospitalar.
No entanto, toda cirurgia envolve riscos. Por isso, deve-se contar com uma equipe capacitada e experiente.
O período pós-operatório costuma ser tranquilo, ainda que os cuidados variem conforme o tipo de intervenção realizada. Em geral, basta respeitar o período de repouso e se alimentar de forma leve e saudável.
Às vezes, pode ser necessário retornar ao consultório, para o(a) especialista verificar se a ferida está cicatrizando conforme o esperado. No mais, recomenda-se evitar a exposição solar e não coçar a área operada, para prevenir complicações estéticas.
Quando o procedimento é indicado?
Os/as cirurgiões/ãs oncológicos/as costumam recorrer à cirurgia oncológica no câncer de pele mais comum (devido a carcinomas basocelulares e espinocelulares). São lesões mais superficiais, retiradas por meio de excisão, curetagem e eletrodissecação ou cirurgia a laser. Quando localizadas em áreas de difícil abordagem, como no centro da face, próximo aos olhos, nas orelhas ou nos dedos, costuma-se realizar a cirurgia de Mohs.
Já quando se trata do melanoma, além da cirurgia (geralmente, excisional ou cirurgia de Mohs),podem ser necessárias outras terapêuticas (como quimioterapia, radioterapia ou imunoterapia). Ainda assim, a intervenção cirúrgica é considerada essencial para a eficiência do tratamento.
Em casos de melanomas avançados, quando a cura não é possível, pode-se optar pela cirurgia de controle. Nesses casos, a intervenção serve para atenuar sintomas e melhorar a qualidade de vida do/a paciente, além de retardar o avanço da doença.
Veja também: Mitos e verdades sobre a cirurgia oncológica. Tire suas dúvidas
Para concluir, se bem indicada e corretamente realizada, a cirurgia oncológica no câncer de pele proporciona um melhor desfecho da doença. Por conta disso, o procedimento é indicado na maioria dos casos, seja com objetivo curativo ou paliativo (de controle).
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