Como é feito o diagnóstico do câncer de pâncreas?

Como é feito o diagnóstico do câncer de pâncreas?

Por: PUBLICADO EM: 08 abr 2023

diagnóstico do câncer de pâncreas costuma ser dado pelo(a) cirurgião oncológico, após o resultado dos exames de imagem, de sangue e, em algumas situações, da biópsia.

Neste artigo, mostramos como é o processo de investigação e como são as estratégias de tratamento. Se o assunto é do seu interesse, continue a leitura!

Como é o diagnóstico do câncer de pâncreas?

A investigação do câncer de pâncreas tem diversas etapas. Tudo começa com a análise do paciente no próprio consultório, o que inclui:

  • exame físico completo, focado, principalmente, na região do abdômen;
  • avaliação criteriosa dos sinais e sintomas;
  • associação a possíveis fatores de risco;
  • histórico clínico familiar e pessoal.

Se o/a médico(a) suspeitar da doença, ele/ela solicitará testes complementares. O primeiro costuma ser um exame de imagem — geralmente, uma tomografia computadorizada — para visualizar os órgãos e tecidos internos.

No entanto, se a tomografia não for conclusiva ou não for possível realizá-la, indica-se uma ressonância magnética (como a colangiopancreatografia e/ou a angiografia). Outros exames de imagem possíveis são a ultrassonografia (abdominal ou endoscópica) e a tomografia computadorizada por emissão de pósitrons (PET).

Se as imagens reforçarem a hipótese de tumor, o próximo passo é solicitar um exame de sangue para verificar os marcadores tumorais CA19-9 e antígeno carcinoembrionário. Pode-se, também, solicitar testes de função hepática, para determinar a origem da icterícia.

Por último, caso o paciente necessite de algum tratamento pré-operatório, como quimioterapia, o médico responsável solicita uma biópsia. Nesse caso, a coleta do material pode ser:

  • percutânea (punção aspirativa por agulha fina, também chamada de PAAF);
  • endoscópica (através do próprio endoscópio ou por colangiopancreatografia);
  • cirúrgica (realizada, geralmente, via laparoscopia).

Em qual estágio o tumor de pâncreas costuma ser diagnosticado?

Cerca de 50% dos casos de câncer de pâncreas são descobertos no estágio quatro, quando há metástases para locais distantes. Isso ocorre porque se trata de um tumor agressivo, que passa boa parte do tempo assintomático e, conforme avança, provoca sintomas inespecíficos, atrasando o diagnóstico.

Infelizmente, não existe uma maneira de fazer preventivamente o rastreamento e o diagnóstico do câncer de pâncreas. O que alguns especialistas propõem, para pessoas com histórico familiar da doença, é o acompanhamento anual com ressonância magnética.

Como é o tratamento desse tipo de neoplasia?

Para definir a melhor estratégia de tratamento para o câncer de pâncreas, o/a oncologista considera:

  • a idade do paciente;
  • sua avaliação clínica;
  • os resultados dos exames;
  • o tipo e o estadiamento do tumor.

único tratamento com potencial curativo é a cirurgia, a qual envolve a retirada parcial ou total do pâncreas e dos linfonodos adjacentes. Ela é indicada quando o tumor está confinado ao pâncreas (estádios um ou dois), sendo, geralmente, associada a sessões de quimioterapia ou radioterapia.

Já em estágios avançados (três ou quatro),quando o tumor se espalhou para outros locais, a ressecção cirúrgica não é possível ou suficiente. Nesses casos, realiza-se quimioterapia e/ou radioterapia.

Vale destacar que, em casos nos quais o tumor comprime os dutos que transportam a bile para o duodeno, pode-se indicar uma cirurgia desobstrutiva. Também chamada de cirurgia de ponte (bypass),o procedimento consiste no desvio do fluxo de bile para uma alça intestinal desobstruída. Quando isso não é possível, a alternativa é colocar um stent via endoscopia, o qual possibilita a drenagem da bile.

Como é o prognóstico da doença?

Pacientes tratados cirurgicamente vivem significativamente mais do que os não operados. Mas, como explicado, nem sempre o tumor pancreático é descoberto em tempo oportuno para o procedimento. Com isso, a taxa de sobrevida em cinco anos é de apenas 11,5%.

Portanto, em caso suspeita ou confirmação do diagnóstico do câncer de pâncreas, procure um/(a) cirurgião(ã) oncológico o mais rapidamente possível. Esse(a) especialista se dedica aos procedimentos necessários para eliminar a doença, ou, caso não seja possível, para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. Isso, logicamente, atuando em conjunto a uma equipe multidisciplinar!

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Autor:
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica – SBCO é uma sociedade civil sem fins lucrativos, com personalidade jurídica própria, fundada em 31 de maio de 1988, cuja finalidade é congregar cirurgiões oncológicos e outros profissionais envolvidos no cuidado à pessoa com câncer.
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