Mitos e verdades do câncer colorretal

Mitos e verdades do câncer colorretal

Por: ATUALIZADO EM: 01 mar 2024 | PUBLICADO EM: 15 set 2021

Muito têm se falado sobre o câncer de intestino e sua relação estreita com os hábitos de vida, o comportamento alimentar e a exposição a fatores de risco. Mas também há muitas informações infundadas sobre essa doença. Por isso, decidimos expor aqui os mitos e verdades sobre o câncer colorretal.

Neste artigo, vamos apresentar crenças populares e explicar o que há de realidade em cada uma delas. Siga conosco para manter-se bem informado sobre os cuidados preventivos, o diagnóstico e o tratamento deste tipo de câncer.

Os mitos e verdades do câncer colorretal

O câncer colorretal atinge o intestino grosso (o cólon),reto e ânus – você pode saber mais sobre o câncer colorretal em nossa área de Orientações aos Pacientes. A intensidade da doença e o tratamento indicado dependem do estágio em que a doença foi diagnosticada.

Por isso, cada caso é um caso. E como sempre gostamos de lembrar, o importante é sempre se basear em fontes de confiança, derrubando as falsas crenças, como faremos a partir de agora, seguindo as informações do Instituto Nacional de Câncer.

1. A doença geralmente não apresenta sintomas em sua fase inicial

VERDADE

O câncer colorretal pode se desenvolver silenciosamente por um tempo, sem apresentar nenhum sintoma. Os sinais mais comuns são sangue nas fezes, anemia sem causa aparente e alterações no hábito intestinal, como diarreia ou intestino preso. Mas é importante lembrar que estes podem ser sintomas de outras doenças.

2. O câncer colorretal só afeta pessoas com mais de 50 anos

MITO

Apesar da constatação de que a maioria dos casos de câncer colorretal é diagnosticada em pessoas com mais de 50 anos, ele pode afetar pessoas de qualquer idade. Quem tem histórico familiar de câncer colorretal e está exposto aos fatores causadores da doença, pode ter um risco aumentado para câncer colorretal, independentemente da idade.

3. A etnia interfere no risco do câncer colorretal

VERDADE

A razão ainda é desconhecida, mas de acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer) quando comparados todos os grupos étnicos, os judeus de origem europeia oriental carregam o maior risco de desenvolver câncer colorretal. Além deles, as estatísticas mostram que pessoas negras apresentam maior incidência de câncer colorretal — com maiores índices de fatalidade.

4. Mudança de hábitos podem reduzir o risco de ter câncer colorretal

VERDADE 

Alguns fatores, como o histórico familiar, estão fora do nosso controle. No entanto, a estimativa é que cerca de 50 a 75% dos casos de câncer colorretal poderiam ser prevenidos com um estilo de vida saudável.

Os principais fatores de prevenção do câncer colorretal são evitar o consumo de embutidos e o excesso de carne vermelha, manter uma alimentação rica em vegetais, praticar exercícios físicos e não fumar.

Neste artigo, falamos sobre a influência da alimentação na prevenção do câncer de intestino e neste outro, mostramos como o sedentarismo pode acentuar o risco de desenvolver diversos tipos de câncer.
Vale a leitura!

5. A alimentação é o único fator de risco para o desenvolvimento de câncer colorretal

MITO

Como mostramos acima, a alimentação é fator preponderante para aumentar o risco do câncer de cólon, mas não é o único. Há um conjunto de fatores — como o tabagismo e o excesso de bebidas alcoólicas — que pode contribuir para o surgimento de um tumor maligno.

6. Obesidade aumenta o risco para desenvolver este tipo de câncer

VERDADE

Tudo está relacionado, como falamos nos tópicos anteriores. Uma rotina de má alimentação e o sedentarismo, assim como o excesso de bebidas alcoólicas, pode levar à obesidade. E é bom ter em mente que essa condição não é um fator de risco apenas para o câncer colorretal, mas também para outros tipos da doença.

7. A colonoscopia é a única forma de diagnosticar o câncer colorretal

VERDADE

A colonoscopia é considerada o exame padrão para o rastreamento do câncer colorretal. O procedimento garante que todo o cólon seja examinado. Se existirem pólipos, eles serão retirados. Além deste, há outros exames auxiliares e complementares, como a colonoscopia virtual, a sigmoidoscopia flexível e o exame de sangue oculto nas fezes, por exemplo.

8. A colonoscopia é um procedimento doloroso e constrangedor

MITO

Embora possa causar algum incômodo, a colonoscopia não é um procedimento doloroso e nem constrangedor como a maioria das pessoas acredita. O exame é rápido (costuma durar entre 15 e 30 minutos) e o paciente é sedado, o que evita qualquer desconforto ou constrangimento.

9. Encontrar um pólipo é diagnóstico de câncer colorretal

MITO

Em muitos casos, os pólipos podem ser benignos ou formações pré-cancerígenas. De qualquer forma, é preciso retirá-los já que, em alguns casos, podem evoluir para o câncer. No entanto, em vias gerais, ter um pólipo não é sinônimo de câncer colorretal.

10. Todas as pessoas que têm câncer colorretal precisam usar a bolsa de colostomia

MITO

Até alguns anos atrás, o tratamento do câncer colorretal passava, invariavelmente, pela colostomia, que é a exteriorização de uma parte do intestino grosso para eliminação de fezes e gases. Com avanço das técnicas cirúrgicas e das opções de tratamento, a colostomia deixou de ser uma opção frequente e, quando necessária, costuma ser temporária.

Se você está em algum grupo de risco para o desenvolvimento do câncer colorretal, este pode ser o momento de mudar de vida. A melhor forma de começar é com alterações leves na rotina, sempre com apoio e acompanhamento especializado.

Sempre que quiser saber mais sobre assuntos relacionados à prevenção, diagnóstico e tratamento deste e outros tipos de câncer, conte com nossos conteúdos. Todos são produzidos com o objetivo de conscientizar cada vez mais pessoas sobre a importância desse cuidado.

Autor:
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica – SBCO é uma sociedade civil sem fins lucrativos, com personalidade jurídica própria, fundada em 31 de maio de 1988, cuja finalidade é congregar cirurgiões oncológicos e outros profissionais envolvidos no cuidado à pessoa com câncer.
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