O número de diagnósticos de câncer, em seus mais de 200 tipos, tem crescido ano a ano em todo o mundo. Isso se deve, em partes, ao maior acesso à informação e ao diagnóstico mais precoce. Tal fator aumenta a possibilidade de cura, com tempo para avaliar a melhor conduta e definir, entre os tipos de cirurgia para o tratamento do câncer, se esse for o caso, com maior chance de sucesso.
O cirurgião oncológico e sua equipe definem qual o procedimento mais adequado, de acordo com o tipo da doença, seu estágio e condições do paciente. Neste artigo, vamos falar sobre um dos principais tratamentos para o câncer: os tipos de cirurgia oncológica. Acompanhe.
A cirurgia oncológica é sempre indicada?
A cirurgia oncológica é um dos três pilares que sustentam o tratamento bem-sucedido contra o câncer, geralmente acompanhado pela quimioterapia e pela radioterapia. No Brasil, de acordo com um levantamento do Observatório de Oncologia, são realizadas quase 10 mil cirurgias oncológicas todos os anos.
A indicação para o procedimento, no entanto, depende de um conjunto de fatores, como a extensão da doença, o local onde ela está instalada e as condições clínicas do paciente. São esses pontos que vão determinar, também, o tipo de cirurgia mais adequada.
Quais os tipos de cirurgia oncológica?
Até pouco tempo atrás, as cirurgias para o tratamento do câncer eram procedimentos invasivos, de grande extensão, especialmente quando a lesão tinha diagnóstico tardio. As novas tecnologias aplicadas à medicina ajudaram a tornar esse tratamento menos agressivo, com o surgimento de vários tipos de cirurgia oncológica.
Existem muitas dúvidas, mitos e verdades sobre a cirurgia oncológica. Então, para facilitar o entendimento, vamos falar sobre os tipos deste procedimento, dividindo-os em cinco grupos principais: cirurgias curativas, paliativas, reconstrutivas, profiláticas e de diagnóstico.
Diagnóstico e estadiamento
São as chamadas biópsias. Neste procedimento, é retirada uma pequena amostra do tumor para detectar se é canceroso ou não. Ela também permite definir o estágio e o tipo da doença.
Outro tipo de biópsia é aquela realizada para o estadiamento do câncer. Neste caso, além de analisar o tecido do tumor, é avaliada a área ao redor da lesão para determinar o estado dos tecidos adjacentes.
Curativa
Cirurgia para remover todo o tecido maligno e que se destina a curar a doença. Isso inclui a remoção de parte ou de todo o órgão ou tecido canceroso e uma quantidade de tecido saudável ao seu redor, como margem de segurança. Os linfonodos próximos também podem ser removidos, a chamada linfadenectomia. A cirurgia curativa atua melhor para o câncer localizado, ou seja, que não se espalhou para o corpo (metástases). A quimioterapia ou a radioterapia podem ser administradas antes da cirurgia para diminuir o tumor ou após a cirurgia para eliminar as células malignas remanescentes.
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Paliativa
A cirurgia oncológica paliativa é realizada quando não é possível remover toda a massa cancerosa. Ela é um recurso para aliviar os sintomas da doença, reduzir a dor e o desconforto. Esse tipo de cirurgia oncológica tem como principal objetivo oferecer melhor qualidade de vida aos pacientes, mas não trata ou cura o tumor.
Reconstrutiva
Esse tipo de cirurgia oncológica é realizado para recuperar — funcional ou esteticamente — alguma parte do corpo que teve sua estrutura alterada na cirurgia curativa, para a remoção do tumor.
A cirurgia reconstrutiva pode ser associada à curativa, com a recuperação do órgão no mesmo procedimento, ou feita posteriormente. O exemplo mais conhecido deste tipo de operação é a reconstrução mamária, em casos de mastectomia, para o tratamento do câncer de mama.
Profilática
Ainda pouco difundida no Brasil, a cirurgia profilática tem se tornado uma decisão tomada em conjunto entre paciente, cirurgião oncológico e sua equipe médica para eliminar o risco de desenvolver o câncer em determinados órgãos.
Ela é indicada em casos em que existe alta probabilidade de surgimento da doença, como mulheres com histórico familiar de câncer de mama, que apresentam uma determinada alteração em genes específicos, associados à doença.
Como é definido o melhor tipo de cirurgia oncológica?
Assim como não existe uma única causa definida para o surgimento do câncer, também não há um tratamento único para a doença. Essa conduta pode variar de acordo com as condições de saúde e o estilo de vida do paciente. Sobretudo, varia em relação ao estágio, o local e a extensão do tumor.
Por essa razão, sempre reforçamos a importância de manter uma rotina preventiva. É essencial evitar os fatores de risco para a doença, e consultar o médico regularmente para exames de prevenção e diagnóstico.
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