Quando falamos em tratamento para qualquer tipo de câncer, lembramos que ele é baseado em três pilares. São eles: a intervenção cirúrgica, a quimioterapia e a radioterapia. Mas reforçamos que cada um deles pode ou não ser adotado, conforme o tipo da doença. A cirurgia de câncer de pele, por exemplo, é a principal forma de combate ao tumor.
E, como este é o tipo mais comum da doença em nosso país, produzimos este artigo para esclarecer as principais dúvidas sobre esse procedimento, como ele é realizado e quando é indicado. Se você chegou a essa página em busca de mais informações sobre a cirurgia para o câncer de pele, encontrará essas respostas nas próximas linhas. Boa leitura!
A cirurgia de câncer de pele é sempre necessária?
Como dissemos na introdução deste artigo, a cirurgia é o principal método de tratamento para a maioria dos casos de câncer de pele, sobretudo aqueles que apresentam bordas bem delimitadas. Porém, desde a indicação para o procedimento até o tipo de cirurgia que será realizada, dependem do local, estágio e tipo de tumor.
Assim, é correto dizer que, ainda que esta seja a forma mais comum de iniciar o tratamento, a recomendação para a cirurgia de câncer de pele é individualizada.
Saiba mais: Quando é necessário cirurgia para o tratamento de câncer de pele?
Quais os tipos de cirurgia para o câncer de pele?
Existem várias técnicas cirúrgicas para o câncer de pele — e novamente — cada uma delas é relativamente adequada a cada situação. De modo geral, os tumores de pele podem ser tratados usando algum dos procedimentos que mostraremos a seguir, divididos de acordo com o tipo de câncer de pele.
Melanoma
No caso do melanoma, um tipo mais agressivo do câncer de pele, o avanço da doença pode ser rápido, incluindo o risco de metástase, que são as recidivas do câncer. Para conter o melanoma, podem ser usadas as seguintes técnicas cirúrgicas:
- excisão ampla: retirada completa do tumor, com provável ampliação das margens cirúrgicas em torno do melanoma, para evitar que permaneçam células cancerígenas na pele. É realizada com anestesia local e deixa uma pequena cicatriz;
- cirurgia de Mohs: consiste na remoção da pele em camadas muito finas, analisadas sob um microscópio para verificar a presença — ou não — de células cancerígenas. Se essas existirem, uma nova camada é removida. O processo é repetido até que a camada analisada não mostre mais sinais da doença;
- dissecção dos linfonodos: recomendada quando o melanoma se disseminou para os linfonodos. Neste caso, é preciso remover os gânglios linfáticos na região. Esse procedimento pode trazer efeitos, como o linfedema, acúmulo de líquido com inchaço dos membros. Por isso, esse tipo de intervenção só é realizada quando se faz estritamente necessária;
- amputação: em casos de desenvolvimento do melanoma nas extremidades do corpo, como dedos da mão ou do pé, dependendo o avanço do tumor, pode ser preciso recorrer à amputação do órgão comprometido.
Não melanoma
Quando falamos em câncer de pele não melanoma estamos nos referindo aos carcinomas Basocelular e Espinocelular. Para este caso, ainda que algumas técnicas sejam basicamente parecidas, os procedimentos podem ter alguma modificação:
- excisão simples: o tumor é retirado, com uma pequena margem de tecido normal para garantir uma área livre de células cancerosas;
- curetagem e eletrodissecação: inicia-se com a remoção do tumor por raspagem com uma cureta. Depois disso, a área é tratada com um eletrodo emissor de corrente elétrica para destruir as células cancerígenas remanescentes;
- cirurgia de Mohs: realizada quando existe alto risco de metástase após o tratamento. Também é adotada quando não se sabe a extensão do tumor, com o objetivo de poupar o máximo possível de pele saudável — especialmente em cânceres no rosto, orelhas ou dedos;
- cirurgia do linfonodo: se houver aumento no tamanho dos linfonodos na região do tumor, pode ser um indicativo de que o câncer chegou a esse ponto. Para evitar o avanço, é feita a remoção dos linfonodos com alteração.
A cirurgia de câncer de pele tem riscos?
Toda cirurgia envolve riscos. Na cirurgia de câncer de pele não é diferente. No entanto, o procedimento é, na maioria das vezes, simples e rápido. Em geral, a intervenção é feita com anestesia local, em ambiente ambulatorial e não requer internação.
O pós-cirúrgico também costuma ser tranquilo e sem complicações. O(a) cirurgião(a) fará o acompanhamento para verificar se a ferida está cicatrizando corretamente. Assim, se estiver acompanhado por um(a) profissional especializado(a),não precisa se preocupar.
Como se preparar para a cirurgia de câncer de pele?
Por ser, em geral, uma intervenção simples, feita até mesmo no próprio consultório, não há um preparo específico. No caso de procedimentos maiores, entretanto, o paciente pode necessitar de preparos que incluem de exames de sangue e avaliação cardiológica até a suspensão de medicamentos específicos ou suplementos alimentares que possam interferir na coagulação.
Fora isso, é sempre bom ter em mente que a informação é a forma mais eficaz de se preparar para a cirurgia de câncer de pele. Isso significa que é importante conversar com o(a) médico(a) e sua equipe para esclarecer todas as dúvidas antes de ser submetido ao procedimento.
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