Como é feito o diagnóstico do câncer de pele?

Como é feito o diagnóstico do câncer de pele?

Por: PUBLICADO EM: 18 dez 2024

Muitas pessoas não valorizam a possibilidade de ter um diagnóstico do câncer de pele precocemente. Isso ocorre devido ao desconhecimento ou, até mesmo, pela equivocada banalização da doença, o que é um engano! Mesmo porque, ela só é tão inofensiva quanto se prega se detectada em fase inicial, quando o tratamento é simples e eficaz.

Por essa razão, conhecer as formas de detecção precoce, bem como os tratamentos mais comuns, são ferramentas poderosas no combate à doença. Neste artigo, esclarecemos os principais pontos a respeito. Confira!

Qual é a importância do diagnóstico precoce do câncer de pele?

O diagnóstico do câncer de pele, quando realizado precocemente, é fundamental para aumentar as chances de o tratamento ser bem-sucedido. Afinal, quando o tumor se encontra em fase inicial, pode-se eliminá-lo com medidas menos agressivas, favorecendo o prognóstico.

Em geral, o primeiro passo para o diagnóstico do câncer de pele é a observação. Neste sentido, conhecer os sintomas do câncer é uma condição importante. Assim, ao perceber sinais suspeitos, deve-se recorrer a um/a especialista, para a adequada investigação com exames clínicos, laboratoriais e de imagem.

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Como identificar os sinais do câncer de pele?

Grande parte dos tumores de pele se desenvolvem em sinais já existentes. Assim, quem tem pintas, manchas de nascença ou verrugas deve redobrar a atenção a alterações nessas estruturas.

Na prática, apresentar alterações (como mudança de forma, crescimento, elevação, coceira, descamação e/ou sangramento que não cicatriza) pode ser indício de que algo está fora do normal. Para facilitar, existe uma regra adotada internacionalmente e recomendada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) e pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Trata-se do teste ABCDE, que aponta sinais sugestivos e ajuda a identificar eventuais suspeitas. Funciona assim:

Entretanto, a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC, na sigla em inglês),ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS),reforça que lesões pequenas podem não apresentar características facilmente notadas. Por isso, mesmo observando a regra do ABCDE, também é importante visitar especialistas.

Neste conteúdo, Dr. João Duprat, cirurgião oncológico, membro da SBCO e referência na área, explica mais. Dê play e confira!

Além disso, quem tem risco aumentado para a doença, mesmo que não apresente sinais ou sintomas suspeitos, precisa realizar os exames de rastreamento. Fazem parte desse grupo:

  • pessoas que tiveram ou têm exposição prolongada e repetida ao sol, principalmente, na infância e adolescência;
  • pessoas que passaram por exposição a câmeras de bronzeamento artificial;
  • pessoas que têm pele e olhos claros, não apenas os albinos;
  • pessoas que têm história familiar ou pessoal de diagnóstico do câncer de pele.

Como é feito o diagnóstico do câncer de pele?

Com os avanços tecnológicos, o diagnóstico do câncer de pele ficou mais simples e preciso. A seguir, mostramos as principais formas de detecção da doença.

Dermatoscopia

dermatoscopia é uma técnica que emprega uma espécie de lente de aumento, que ajuda a visualizar melanomas. Os procedimentos mais modernos, vale destacar, combinam essa ferramenta à digitalização das imagens. Essa estratégia possibilita a comparação da lesão em um intervalo curto de tempo, criando um banco de dados comparativos do/a paciente.

Microscopia confocal in vivo

Ainda pouco comum no Brasil, a microscopia confocal in vivo possibilita, por meio de raios laser, examinar lesões com a mesma resolução de um microscópio. Graças à alta precisão desse exame, é possível definir se a lesão deve, ou não, ser removida, bem como determinar o tratamento mais adequado.

Exame anatomopatológico

exame anatomopatológico permite identificar o tipo de tumor (se é melanoma ou não melanoma) e estabelecer parâmetros prognósticos. Para isso, combina o uso do microscópio a outras técnicas moleculares, tais como:

  • sequenciamento gênico;
  • identificação de mutações;
  • proteômica (técnica que estuda as interações entre as proteínas nas células cancerosas).

Biópsia

biópsia consiste na remoção de tecido preservando a lesão inteira, de modo que a espessura potencial do tumor e sua margem possam ser examinadas em detalhe. Em seguida, o material coletado passa por um exame anatomopatológico.

Dependendo da localização e características da lesão, a biopsia pode ser por raspagem, punção, incisão ou excisão (quando todo o tumor é ressecado).

Qual é o protocolo de tratamento após um resultado positivo?

A definição do início do tratamento oncológico, bem como as indicações terapêuticas, varia conforme o tipo e estadiamento (extensão) do tumor. Nos casos de melanomas, a cirurgia é o tratamento mais indicado e, eventualmente, pode-se associá-la à radioterapia, quimioterapia ou imunoterapia. Além disso, a equipe multidisciplinar pode adotar outras condutas complementares.

Já nos tumores não melanoma, o tratamento pode ser feito por meio da remoção cirúrgica do tumor, por vezes, associada à radioterapia. Outras possibilidades são a realização de terapia fotodinâmica, criocirurgia ou imunoterapia tópica.

Vale a pena conferirMitos e verdades sobre a cirurgia oncológica no tratamento do câncer

Em suma, em caso de suspeita ou confirmação da doença, não perca tempo. Como mostrado, o acompanhamento de um/a profissional qualificado/a, com especialização em Cirurgia Oncológica, é fundamental, tanto para o diagnóstico do câncer de pele, como para o tratamento.

Se busca por um/a especialista na área, a SBCO ajuda a localizar o/a cirurgião/ã oncológico/a mais próximo do seu endereço. Basta clicar aqui e começar a sua pesquisa!

Autor:
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica – SBCO é uma sociedade civil sem fins lucrativos, com personalidade jurídica própria, fundada em 31 de maio de 1988, cuja finalidade é congregar cirurgiões oncológicos e outros profissionais envolvidos no cuidado à pessoa com câncer.
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