Como é feito o diagnóstico do câncer de pele?

Como é feito o diagnóstico do câncer de pele?

Por: PUBLICADO EM: 01 dez 2022

Devido a sua alta incidência — e equivocada banalização, muitas pessoas não se preocupam com a possibilidade de ter um diagnóstico do câncer de pele precocemente. O que é um engano duplo. Isso porque a doença só pode ser tão inofensiva quanto se prega quando detectada em sua fase inicial, momento em que o tratamento pode ser mais simples e eficaz.

Por essa razão, conhecer as formas de diagnóstico do câncer de pele — bem como as formas mais comuns de tratamento — são ferramentas poderosas no combate à doença. Neste artigo, falamos sobre a importância da detecção precoce e como ela é realizada, na prática. Acompanhe.

Por que é importante o diagnóstico precoce do câncer de pele?

Detectar o câncer de pele precocemente é fundamental para possibilitar maior chance de um tratamento bem-sucedido. O prognóstico é mais positivo se o tumor se encontra numa fase inicial, pois pode ser eliminado com adoção de medidas menos agressivas.

Em geral, o primeiro passo para a detecção precoce é a observação. Neste sentido, conhecer os sintomas do câncer é uma condição importante. Assim, ao perceber sinais suspeitos, deve-se recorrer a um(a) especialista para investigação com exames clínicos, laboratoriais e de imagem.

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Como identificar os sinais do câncer de pele?

Grande parte dos tumores de pele se desenvolvem em sinais já existentes. Assim, quem tem pintas, manchas de nascença ou verrugas deve redobrar a atenção a alterações nessas estruturas. Ou seja, apresentar bordas irregulares, coceira e/ou descamação em uma pinta já existente, pode ser um indício de que algo está fora do normal. Uma regra adotada internacionalmente é a do “ABCDE” que aponta sinais sugestivos e pode ajudar a identificar suspeitas:

  • A de “assimetria”: uma metade da marca é diferente da outra;
  • B de “bordas irregulares”: quando a mancha ou sinal apresenta um contorno mal definido;
  • C de “cor variável”: caracterizada pela presença de várias cores em uma mesma lesão (preta, castanha, branca, avermelhada ou azul) ou, ainda, mudança na coloração que a mancha sempre apresentou;
  • D de “diâmetro”: quando a marca aumenta de tamanho e fica maior que 6 milímetros;
  • E de “evolução”: surgem mudanças nas características anteriores de uma mancha, pinta ou sinal pré-existente (mudam tamanho, forma ou cor).

O Dr. João Duprat, Presidente da Comissão de Câncer de Pele da SBCO, explica mais sobre a prevenção e diagnóstico do melanoma, tipo grave de câncer de pele. Dê play e confira!

 

Algumas pessoas, mesmo que não apresentem sinais ou sintomas, precisam estar atentas aos exames de diagnóstico do câncer de pele. São as que têm risco aumentado para a doença. Nestes casos, os exames têm a finalidade de rastreamento. Fazem parte desse grupo as pessoas que:

  • tiveram ou têm exposição prolongada e repetida ao sol, principalmente na infância e adolescência;
  • passaram por exposição a câmeras de bronzeamento artificial;
  • têm pele e olhos claros, com cabelos ruivos ou loiros — e os albinos;
  • têm história familiar ou pessoal de câncer de pele.

Como é feito o diagnóstico do câncer de pele?

Com os avanços tecnológicos, o diagnóstico do câncer de pele ficou mais simples e preciso. Em geral, são usadas formas principais de detecção da doença, como mostramos na sequência:

Dermatoscopia

Essa técnica, que emprega uma espécie de lente de aumento semelhante à usada para observar o ouvido, garante mais precisão diagnóstica dos melanomas. Os procedimentos mais modernos, combinam essa ferramenta com a digitalização das imagens. Essa estratégia permite a comparação da lesão num intervalo curto de tempo e cria um banco de dados comparativo do paciente.

Microscopia confocal in vivo

Apesar de ainda ser pouco comum no Brasil, a microscopia confocal in vivo possibilita, por meio de raios laser, examinar lesões com a mesma resolução de um microscópio. Com a alta precisão desse exame, é possível definir se a lesão deve ou não ser removida e determinar o tratamento mais adequado.

Exame anatomopatológico

Permite identificar o tipo de tumor e estabelecer parâmetros prognósticos. Esse meio diagnóstico combina o microscópio com outras técnicas moleculares, como sequenciamento gênico, identificação de mutações e proteômica — técnica que estuda as interações entre as proteínas nas células cancerosas.

Biopsia

Consiste na remoção de uma pequena quantidade de tecido, preservando a lesão inteira de modo que a espessura potencial do tumor e sua margem possam ser examinadas em detalhe. O tecido removido passa por um exame anatomopatológico.

Dependendo da localização e características da lesão, a biopsia pode ser por raspagem, punção, incisão ou excisão (quando todo o tumor é removido).

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Qual o protocolo de tratamento após um resultado positivo?

O início do tratamento, bem como as terapias definidas para esta finalidade, variam conforme o tipo do câncer de pele, como explicamos neste artigo. Especialmente nos casos de melanoma a cirurgia é o tratamento mais indicado. Eventualmente, associa-se a radioterapia.

No entanto, a utilização tanto da radioterapia quanto da quimioterapia dependem do estágio em que o câncer de pele foi diagnosticado. Além disso, quando há metástase (o câncer já se espalhou para outros órgãos),a equipe multidisciplinar pode adotar outras condutas de tratamento.

Em suma, seja para o diagnóstico ou para o tratamento da doença, é fundamental o acompanhamento de um(a) profissional qualificado, com especialização em Cirurgia Oncológica. Se busca por um especialista, pode contar com um serviço exclusivo da SBCO, que ajuda a localizar o(a) Cirurgião(a) Oncológico(a) mais próximo do seu endereço. É só clicar aqui para começar a sua pesquisa. Conte sempre conosco!

Autor:
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica – SBCO é uma sociedade civil sem fins lucrativos, com personalidade jurídica própria, fundada em 31 de maio de 1988, cuja finalidade é congregar cirurgiões oncológicos e outros profissionais envolvidos no cuidado à pessoa com câncer.
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