A ciência comprova que a prática de exercícios físicos reduz o risco de recidiva no câncer de cólon, bem como melhora a sobrevida dos/as pacientes. Um estudo apresentado no encontro anual da American Society of Clinical Oncology (ASCO 2025) reuniu evidências definitivas a respeito da magnitude dos seus benefícios.
Neste artigo, explicamos porque começar a treinar, se possível, desde a confirmação do diagnóstico, faz toda a diferença no combate à doença. Continue a leitura e saiba mais!
Quais são as chances de recidiva no câncer de cólon?
As chances de recidiva no câncer de cólon variam de paciente para paciente, conforme as condições apresentadas individualmente. Em geral, o retorno pode ser da própria doença (local ou afetar outras regiões, com metástases) ou de um novo tumor no próprio cólon.
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No caso dos/as pacientes que participaram do estudo citado, tratam-se de portadores/as de câncer de cólon em estágio II de alto risco e em estágio III. Considerando que todos/as foram tratados/as com cirurgia e quimioterapia adjuvante, estima-se que 30% deles/as, eventualmente, apresentem recorrência da doença.
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Por que é importante praticar atividades físicas após o diagnóstico?
Praticar atividades físicas é uma das maneiras de melhorar o resultado do tratamento oncológico, tanto reduzindo o risco de retorno como de ter um novo câncer. Ao mesmo tempo, a prática esportiva — de preferência, sob supervisão de um educador físico — também ajuda o/a paciente a viver mais e melhor.
Além disso, para diminuir o risco de recidiva no câncer de cólon, é imprescindível adotar medidas visando se manter o mais saudável possível. Isso inclui:
- não fumar e evitar o consumo de álcool;
- atingir e manter um peso corporal saudável;
- alimentar-se de forma saudável e balanceada, evitando o excesso de carnes vermelhas;
- e, logicamente, fazer o acompanhamento após o tratamento conforme a orientação do médico responsável.
Vale destacar que o câncer colorretal é a segunda principal causa de morte por câncer em todo mundo. Dentre seus tipos de tumores, a maioria é encontrada, justamente, no cólon.
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Uma vez recidivado, o câncer de cólon se torna mais difícil de tratar. Considerando esse cenário, conhecer uma maneira tão simples e prazerosa de minimizar seu risco de recorrência — ou seja, se exercitar — é um verdadeiro presente!
Como o exercício físico estruturado reduz o risco de retorno da doença?
O ensaio clínico CHALLENGE, apresentado na ASCO 2025, comprovou que o exercício físico estruturado (prescrito por um profissional) deve ser integrado ao tratamento oncológico. No estudo, pacientes submetidos à ressecção completa de câncer de cólon (em estágio II de alto risco ou estágio III),com intenção curativa, e subsequente quimioterapia adjuvante (pós-cirurgia),participaram de um programa de exercícios aeróbicos de três anos.
A prática refletiu, positivamente, na melhora dos desfechos da doença, incluindo a diminuição do risco de:
- recidiva no câncer de cólon;
- ter um novo câncer primário;
- mortalidade em curto prazo (cinco anos).
O referido trabalho comprovou que, independentemente da idade do/a paciente ou do estágio da doença, todos/as podem se beneficiar da prática esportiva estruturada e regular. Dessa forma, a integração do exercício ao tratamento oncológico e ao subsequente acompanhamento é imprescindível para uma sobrevida mais longa e livre da doença.
Assim, recomenda-se a prática de, pelo menos, 2 horas e meias semanais de atividades físicas de intensidade moderada. Essas incluem modalidades como natação, caminhada rápida e/ou outras de preferência do/a paciente.
Informe-se a respeito: Cirurgia oncológica e tratamento multidisciplinar: entenda a importância
A indicação, como mostrado, é uma medida que deve ser cada vez mais implementada como forma de reduzir o risco de recidiva no câncer de cólon. Vale destacar que a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) defende o tratamento oncológico multidisciplinar, apoiando e incentivando seus/suas especialistas a trilharem esse caminho promissor!
Esperamos que o artigo tenha sido esclarecedor. Caso precise de ajuda para encontrar um/a cirurgião/ã oncológico/a na sua região, já sabe: utilize a nossa ferramenta de busca!


