Os sintomas de câncer no fígado costumam aparecer nos estágios mais avançados da doença. Entre eles, pode-se citar a fadiga, a dor, o inchaço abdominal, a pele amarelada, entre tantos outros. Ao perceber uma ou mais alterações no organismo, é importante procurar um médico e investigar o quadro.
Neste artigo, falamos mais sobre o órgão, mostramos o que pode levar ao desenvolvimento de tumores hepáticos e listamos as principais manifestações decorrentes da doença. Confira!
Qual é o papel do fígado?
O fígado é um órgão vital localizado do lado direito do abdômen, abaixo do pulmão. Trata-se do maior órgão interno do corpo humano, sendo constituído por hepatócitos e outros tipos de células. Com mais de 500 funções, cabe a ele:
- metabolizar os nutrientes digeridos, como gorduras, proteínas e carboidratos;
- metabolizar as substâncias tóxicas, como medicamentos, álcool, drogas;
- produzir e secretar a bile, a qual auxilia no processo digestivo;
- produzir, metabolizar e armazenar minerais e vitaminas essenciais; entre outras.
O que é o câncer de fígado?
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca),em 2022 foram registrados 6.390 novos casos de tumores primários de fígado. O montante corresponde a 2,7% do total de cânceres em homens. Nas mulheres, esse tipo de neoplasia não está entre as mais frequentes, embora esteja entre as que mais levam a óbito.
O câncer de fígado surge quando ocorre uma alteração no DNA de uma de suas células, a qual começa a crescer e multiplicar descontroladamente. São exemplos de tumores malignos que se desenvolvem no órgão:
- carcinoma hepatocelular;
- colangiocarcinoma intra-hepático (ou câncer do ducto biliar);
- angiossarcoma;
- hemangiossarcoma;
- hepatoblastoma.
Quais são as causas e fatores de risco da doença?
As causas do câncer de fígado são diversas e conhecidas apenas em parte. Entre elas, destacam-se:
- contato com aflatoxinas, um composto tóxico produzido por fungos;
- contato com cloreto de vinila, um produto químico usado na fabricação de alguns tipos de plástico;
- uso de esteroides anabolizantes, hormônios masculinos usados por alguns indivíduos para aumentar a força e a massa muscular.
Em relação aos fatores de risco, os quais aumentam as chances de desenvolver esse tipo de neoplasia, destaca-se o diagnóstico de:
- hepatite viral crônica (causada pelos vírus da hepatite B ou C);
- cirrose;
- doença hepática gordurosa não alcoólica;
- cirrose biliar primária (uma doença autoimune);
- doenças metabólicas hereditárias (como hemocromatose);
- alcoolismo;
- tabagismo;
- obesidade;
- diabetes tipo 2;
- algumas doenças raras (como doença de Wilson, tirosinemina, deficiência de alfa1-antitripsina, porfiria cutânea tardia e doenças de armazenamento de glicogênio).
Quais são os sintomas de câncer no fígado?
Na maioria das vezes, os sinais e sintomas de câncer no fígado só aparecem nos estágios mais avançados. Entre eles, pode-se incluir:
- fadiga constante;
- perda de peso sem motivação aparente;
- falta de apetite;
- sensação de plenitude após refeições leves;
- náuseas ou vômitos frequentes;
- aumento do tamanho do fígado e do baço;
- dor e/ou inchaço abdominal;
- ascite (acúmulo de líquidos no abdômen);
- veias abdominais dilatadas e visíveis a olho nu;
- coceira;
- febre recorrente;
- hemorragias;
- icterícia (pele e olhos amarelados);
- agravamento do quadro de hepatite crônica ou cirrose.
Existem, ainda, sintomas de câncer no fígado provocados pela forma como os tumores hepáticos afetam outros órgãos. É o caso da:
- hipercalcemia (elevação dos níveis de cálcio no sangue);
- hipoglicemia (redução dos níveis de açúcar no sangue);
- eritrocitose (aumento da quantidade de glóbulos vermelhos);
- elevação nos níveis de colesterol;
- ginecomastia (aumento das mamas em homens);
- diminuição do tamanho dos testículos.
O que fazer em caso de suspeita da doença?
Identificou um ou mais sintomas de câncer no fígado? Então, mantenha a calma e tenha em mente que eles podem ser relacionados a diversas outras condições, a maioria de origem benigna.
Mas, seja como for, deve-se procurar um(a) médico(a) para investigar o quadro quanto antes. Esse pode ser um clínico geral, um ginecologista, um urologista, um geriatra ou outro especialista que faça o seu acompanhamento de rotina
Assim, o/a profissional irá fazer uma anamnese detalhada, realizar exames físicos e solicitar exames laboratoriais e de imagem complementares. Caso encontre outros achados suspeitos, fará o encaminhamento para um oncologista, o qual solicitará exames mais específicos. Desse modo, pode-se definir o diagnóstico e o estadiamento do tumor, dando início ao tratamento o mais brevemente possível.
Portanto, em caso de sintomas de câncer no fígado, assim como de qualquer outra doença, o importante é não demorar para consultar um(a) médico(a). Quando se trata de neoplasias, especificamente, quanto antes o tumor for identificado e tratado, maiores as chances de cura!
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