Além de exame físico e da análise do histórico clínico, assim como dos sintomas, outras avaliações são necessárias para identificar um tumor. Muita gente pergunta qual exame de sangue detecta câncer de tireoide, mas, para chegar a esse diagnóstico, deve-se utilizar diferentes testes.
Neste artigo, mostramos quais são esses exames. Veja, também, como é o tratamento em caso de confirmação da doença.
Qual exame de sangue detecta câncer de tireoide?
Para investigar a suspeita de tumor de tireoide, costuma-se realizar alguns exames de sangue. Conheça-os a seguir.
Dosagem do TSH
A dosagem dos níveis sanguíneos do hormônio tireoestimulante, mais conhecido como TSH, serve para verificar a função da glândula tireoide. Quando o nível de TSH está elevado, significa que a produção de hormônios está insuficiente.
Dosagem de T3 e T4
A triiodotironina (T3) e a tiroxina (T4) são os principais hormônios produzidos pela tireoide. Assim, a dosagem dos seus níveis também serve para avaliar a atividade da glândula.
Dosagem de calcitonina
A dosagem de calcitonina (outro hormônio produzido pela glândula) serve para investigar a hipótese de câncer medular de tireoide. Como o histórico familiar tem relação com o desenvolvimento desse tipo de tumor, o exame costuma ser indicado como rastreamento para pacientes com esse fator de risco.
Antígeno carcinoembrionário
A dosagem do antígeno carcinoembrionário (dosagem de CEA) é indicada para pacientes com histórico familiar para câncer medular de tireoide. Níveis elevados de CEA sugerem a presença da doença.
O exame de sangue é suficiente para diagnosticar a doença?
Não. Apesar de termos mostrado qual exame de sangue auxilia na detecção de câncer de tireoide, sua realização é apenas uma etapa do processo. Isso porque ele indica alterações na função da glândula, mas não o tumor em si.
Quais exames de imagem são usados na complementação da investigação?
Baseado nos resultados dos exames de sangue, o/a médico define quais exames de imagem devem ser realizados para aprofundar a investigação. Na prática, eles ajudam a localizar o tumor e a determinar a extensão da doença. Os mais indicados são:
- ultrassom da tireoide, o qual permite verificar a quantidade de nódulos, se são sólidos e se os linfonodos próximos estão aumentados;
- cintilografia da tireoide, para checar se existem áreas anormais na glândula, como a presença de nódulos (benignos ou malignos);
- radiografia de tórax, para verificar se houve disseminação (metástase) para os pulmões;
- ressonância magnética da tireoide, para determinar o tamanho e a localização do(s) tumor(es),bem como averiguar se houve metástases;
- PET scan (tomografia por emissão de pósitrons),para verificar se o tumor se espalhou para os linfonodos ou outras estruturas (próximas ou à distância);
- laringoscopia, para avaliar a anatomia e a função das cordas vocais, em casos nos quais alterações na voz sugerem a presença de tumores nas estruturas internas da garganta.
É preciso fazer biópsia para chegar ao diagnóstico conclusivo?
Sim. A biópsia consiste na retirada de amostras de tecidos da glândula tireoide para subsequente análise laboratorial (estudo histopatológico).
Geralmente, realiza-se a biópsia aspirativa por agulha fina (PAAF) guiada por ultrassom. O procedimento pode ser feito no consultório médico ou em ambiente hospitalar.
No entanto, algumas vezes o laudo da PAAF não é conclusivo, ou seja, é incapaz de determinar se a lesão é benigna ou maligna. Quando isso ocorre, o especialista pode solicitar testes para verificar se os genes BRAF ou RET/PTC sofreram mutação.
Outra possibilidade é indicar uma biópsia cirúrgica, a qual possibilita analisar uma maior quantidade de tecido tireoidiano. Nesse caso, o procedimento é executado, exclusivamente, em centro cirúrgico.
Como é o tratamento em caso de confirmação da doença?
A escolha da estratégia terapêutica depende do tipo e estadiamento do tumor, assim como das condições de saúde geral do paciente. A principal maneira de tratar o câncer de tireoide é por meio da cirurgia. Essa pode ser feita para ressecção de um lobo (lobectomia) ou da glândula por completo (tireoidectomia). Se os linfonodos estiverem comprometidos, também são removidos.
Em seguida, muitas vezes, realiza-se o tratamento com iodo radioativo. Nesse caso, o objetivo é destruir eventuais células cancerosas remanescentes. Outras possibilidades terapêuticas são a radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia ou terapia alvo. No entanto, a taxa de cura após a cirurgia é considerada excelente.
Ao término do tratamento, realiza-se a reposição dos hormônios tireoidianos. Esse cuidado deve ser mantido pelo resto da vida.
Agora que você sabe qual exame de sangue ajuda na detecção do câncer de tireoide e quais exames complementares são indispensáveis nesse processo, se necessário, procure um cirurgião oncológico. Afinal, contar com um profissional especialista na ressecção de tumores sólidos favorece as chances de cura da doença!
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