O câncer de apêndice se desenvolve a partir de alterações nas células do órgão, que se localiza conectado ao cólon (intestino grosso). Apesar de ser considerado raro, sua incidência vem aumentando — sendo encontrado, muitas vezes por “acaso”, nas biópsias realizadas em pacientes operados por apendicite aguda.
Quer saber tudo sobre a neoplasia de apêndice, o órgão que ajuda no funcionamento do sistema imunológico? Então, continue a leitura!
Quais são as causas do câncer de apêndice?
As causas do câncer de apêndice não são bem estabelecidas, mas, suspeita-se da influência de adenomas (tumores benignos),assim como ocorre no câncer colorretal. Entre os fatores de risco, pode-se citar o tabagismo e o histórico de gastrite atrófica, anemia perniciosa e algumas neoplasias (gastrointestinais, renais, ovarianas ou mamárias).
Quais são os principais tipos da doença?
Os tipos histológicos mais comuns são os tumores neuroendócrinos (TNE), também chamados de tumores carcinoides, e os adenocarcinomas. Os primeiros são mais incidentes em mulheres na faixa dos 50 anos, já os segundos são prevalentes em homens entre 60 e 70 anos. No entanto, esses tumores podem surgir em pessoas de qualquer idade, em ambos os sexos.
Quais são os sinais e sintomas da neoplasia?
Estima-se que metade dos casos de câncer de apêndice sejam assintomáticos. Quando sintomática, a doença pode provocar diferentes tipos de sinais e sintomas, tais como:
- massa abdominal palpável;
- ascite (líquido no abdômen);
- inchaço abdominal;
- dor intensa e/ou crônica no abdômen;
- constipação, diarreia ou outras alterações na função intestinal;
- apendicite aguda (inflamação ou infecção do apêndice).
Como é realizado o diagnóstico?
O diagnóstico do câncer de apêndice costuma se dar por “acaso”, muitas vezes, após a apendicectomia (remoção do órgão) motivada por uma apendicite aguda. Além disso, também é comum identificá-lo em exames de imagem (tomografia computadorizada ou ressonância magnética) solicitados por outros motivos.
Para confirmar a doença, deve-se realizar uma biópsia. Após a análise histopatológica, pode-se determinar o tipo e o estágio do tumor — algo primordial para a definição da estratégia terapêutica mais assertiva.
Como é feito o tratamento?
Por ser muito raro, respondendo por menos de 1% dos cânceres gastrointestinais, o tratamento do câncer de apêndice costuma seguir as diretrizes adotadas para o câncer colorretal. As principais opções são:
- cirurgia para retirada do órgão e das margens de segurança;
- quimioterapia, pois a doença tende a se disseminar pelo abdômen e pelve;
- terapia alvo, que pode ser indicada em determinados casos.
Como é o prognóstico do paciente com a doença?
Segundo o National Cancer Institute, dos Estados Unidos, a taxa de sobrevida em cinco anos para o câncer de apêndice fica entre 67% e 97%. Isso, no caso de portadores de tumores neuroendócrinos ou outros tumores de baixo grau.
No entanto, para tumores em estágios avançados e disseminados, o prognóstico costuma ser menos favorável. Por isso, quanto antes a doença for diagnosticada e tratada, melhor.
Esperamos que este artigo tenha fornecido um panorama geral sobre o câncer de apêndice. Se você ou um ente querido foi diagnosticado com a doença, mantenha a calma e procure um/a cirurgião/ã oncológico/a. Esse/a especialista é quem conduz a estratégia terapêutica e, junto a uma equipe multidisciplinar, orienta como ter o melhor desfecho possível.
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