Tudo sobre o câncer de apêndice

Tudo sobre o câncer de apêndice

Por: PUBLICADO EM: 05 ago 2024

câncer de apêndice se desenvolve a partir de alterações nas células do órgão, que se localiza conectado ao cólon (intestino grosso). Apesar de ser considerado raro, sua incidência vem aumentando — sendo encontrado, muitas vezes por “acaso”, nas biópsias realizadas em pacientes operados por apendicite aguda.

Quer saber tudo sobre a neoplasia de apêndice, o órgão que ajuda no funcionamento do sistema imunológico? Então, continue a leitura!

Quais são as causas do câncer de apêndice?

As causas do câncer de apêndice não são bem estabelecidas, mas, suspeita-se da influência de adenomas (tumores benignos),assim como ocorre no câncer colorretal. Entre os fatores de risco, pode-se citar o tabagismo e o histórico de gastrite atrófica, anemia perniciosa e algumas neoplasias (gastrointestinais, renais, ovarianas ou mamárias).

Quais são os principais tipos da doença?

Os tipos histológicos mais comuns são os tumores neuroendócrinos (TNE), também chamados de tumores carcinoides, e os adenocarcinomas. Os primeiros são mais incidentes em mulheres na faixa dos 50 anos, já os segundos são prevalentes em homens entre 60 e 70 anos. No entanto, esses tumores podem surgir em pessoas de qualquer idade, em ambos os sexos.

Quais são os sinais e sintomas da neoplasia?

Estima-se que metade dos casos de câncer de apêndice sejam assintomáticos. Quando sintomática, a doença pode provocar diferentes tipos de sinais e sintomas, tais como:

  • massa abdominal palpável;
  • ascite (líquido no abdômen);
  • inchaço abdominal;
  • dor intensa e/ou crônica no abdômen;
  • constipação, diarreia ou outras alterações na função intestinal;
  • apendicite aguda (inflamação ou infecção do apêndice).

Como é realizado o diagnóstico?

O diagnóstico do câncer de apêndice costuma se dar por “acaso”, muitas vezes, após a apendicectomia (remoção do órgão) motivada por uma apendicite aguda. Além disso, também é comum identificá-lo em exames de imagem (tomografia computadorizada ou ressonância magnética) solicitados por outros motivos.

Para confirmar a doença, deve-se realizar uma biópsia. Após a análise histopatológica, pode-se determinar o tipo e o estágio do tumor — algo primordial para a definição da estratégia terapêutica mais assertiva.

Como é feito o tratamento?

Por ser muito raro, respondendo por menos de 1% dos cânceres gastrointestinais, o tratamento do câncer de apêndice costuma seguir as diretrizes adotadas para o câncer colorretal. As principais opções são:

  • cirurgia para retirada do órgão e das margens de segurança;
  • quimioterapia, pois a doença tende a se disseminar pelo abdômen e pelve;
  • terapia alvo, que pode ser indicada em determinados casos.

Como é o prognóstico do paciente com a doença?

Segundo o National Cancer Institute, dos Estados Unidos, a taxa de sobrevida em cinco anos para o câncer de apêndice fica entre 67% e 97%. Isso, no caso de portadores de tumores neuroendócrinos ou outros tumores de baixo grau.

No entanto, para tumores em estágios avançados e disseminados, o prognóstico costuma ser menos favorável. Por isso, quanto antes a doença for diagnosticada e tratada, melhor.

Esperamos que este artigo tenha fornecido um panorama geral sobre o câncer de apêndice. Se você ou um ente querido foi diagnosticado com a doença, mantenha a calma e procure um/a cirurgião/ã oncológico/a. Esse/a especialista é quem conduz a estratégia terapêutica e, junto a uma equipe multidisciplinar, orienta como ter o melhor desfecho possível.

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Autor:
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica – SBCO é uma sociedade civil sem fins lucrativos, com personalidade jurídica própria, fundada em 31 de maio de 1988, cuja finalidade é congregar cirurgiões oncológicos e outros profissionais envolvidos no cuidado à pessoa com câncer.
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