Quando o assunto é saúde da mulher, é muito comum os temas que abordam o câncer de mama e, até mesmo, o câncer de colo de útero. Igualmente importante, o câncer de endométrio é um dos cânceres ginecológicos que os oncologistas buscam conscientizar as mulheres, especialmente após a menopausa.
Por isso, preparamos este material para esclarecer as principais dúvidas sobre o câncer de endométrio e mostrar quando a cirurgia é necessária. Acompanhe esta leitura para saber mais sobre essa doença, seus sintomas, ocorrência e tratamentos indicados.
O que é o câncer de endométrio?
Antes de tudo, é importante esclarecer, exatamente, o que configura o câncer de endométrio. Trata-se, em geral, de um adenocarcinoma que se instala no revestimento do útero, desenvolvido a partir de células da glândula.
Esse tipo de carcinoma se forma, com maior frequência, na parede posterior e no fundo do útero e costuma se disseminar por continuidade ao longo do corpo uterino por meio de invasão de mioma (substituir por miométrio) e comprometimento cervical. Por isso, a vagina é um dos locais com metástase mais frequente.
Este é o segundo câncer mais incidente em mulheres em todo o mundo e, em geral, atinge mulheres que já passaram pela menopausa. Mais de 90% dos casos ocorrem após os 50 anos, sendo a média de idade de 63 anos.
Nos tumores de corpo uterino, entre 75% e 80% dos casos de câncer de endométrio são adenocarcinomas. Menos de 5% são configurados como sarcomas, e se desenvolvem a partir de tecidos conjuntivos e geralmente são mais agressivos.
Quais são as principais causas do câncer de endométrio?
As estatísticas mostram que o câncer de endométrio é mais comum em países desenvolvidos. E segundo estudos, a incidência pode estar ligada a uma dieta rica em gordura. No entanto, os principais fatores de risco conhecidos são:
- idade superior a 50 anos;
- quadros clínicos que elevam o nível de estrogênio;
- obesidade e
- diabetes.
Além destes, existem outras condições que podem estar relacionadas ao desenvolvimento do câncer de endométrio:
- histórico próprio ou familiar de câncer de mama, de ovário ou de cólon;
- histórico de câncer de endométrio em parentes de primeiro grau;
- hipertensão arterial;
- primeira menstruação precoce;
- menopausa tardia;
- irregularidades na ovulação e menstruação e
- síndrome do ovário policístico.
Como identificar os sintomas?
Aproximadamente 90% das mulheres diagnosticadas com câncer de endométrio relatam o sangramento vaginal entre as menstruações ou após a menopausa. Além disso, outro sinal de alerta é a presença anormal de corrimentos.
Muitas pacientes também sentem dor pélvica e uma massa anormal na região. Outra reação comum é a perda de peso sem razão aparente, mas estes dois últimos sintomas só costumam aparecer em casos mais adiantados da doença.
Ainda que estes sinais estejam presentes na maior parte dos casos do câncer de endométrio, não é preciso se assustar, pois esses sintomas também podem estar relacionados a outros problemas da saúde feminina.
Mesmo assim, se tiver algumas dessas manifestações, é importante procurar o seu ginecologista para verificar a origem dos sintomas, especialmente se já tiver passado pela menopausa.
Quando a cirurgia é necessária para o câncer de endométrio?
Até a década de 1960, quando o câncer do endométrio e o câncer de colo de útero eram considerados uma única doença, o tratamento era predominantemente cirúrgico, com histerectomia total.
Com o avanço do conhecimento médico e científico sobre a doenças, passamos ao uso de outras técnicas cirúrgicas como a laparoscopia no tratamento do carcinoma endometrial, combinadas com outras possibilidades de tratamento para o câncer de endométrio como a radioterapia, quimioterapia ou reposição hormonal (terapia com progesterona).
O tratamento para o câncer de endométrio parte de um procedimento cirúrgico. A definição do tipo de cirurgia adotada e dos tratamentos adjuvantes depende da idade da paciente, grau e profundidade do tumor. |
No caso de mulheres que ainda desejam ser mães, dependendo do grau do tumor, a cirurgia pode ser adiada temporariamente. Nesta situação, é feita a terapia com progesterona com curetagem (um tipo de raspagem) do endométrio, mas é fundamental contar com o acompanhamento próximo com um especialista, por meio de biopsias periódicas durante e após o tratamento, antes de ter alta para engravidar.
É sempre bom ter em mente que, em todos os tipos de câncer, o diagnóstico precoce é a a forma mais eficiente de combater a doença. No caso do câncer de endométrio, não é diferente. Por essa razão, as visitas regulares e os exames preventivos de rotina ao seu ginecologista são práticas indispensáveis.
Além disso, buscar tratamento com um médico especialista em cirurgia oncológica faz toda a diferença na sua jornada a caminho da cura. Aqui mesmo no nosso site, é possível encontrar especialistas certificados em cirurgia oncológica de todo o Brasil. Aproveite para conhecer mais conteúdos que desenvolvemos exclusivamente para orientação aos pacientes.