O primeiro ponto importante sobre o tema “câncer no estômago tratamento cirúrgico“ é saber que essa abordagem pode ser indicada em diversos estágios da doença. O segundo é que, se curativa ou paliativa, a cirurgia oncológica no trato digestivo têm impacto bastante positivo sobre o paciente.
Assim, o foco deste artigo é mostrar para quais casos esse recurso terapêutico é viável e como pode ser realizado. Veja, também, o que esperar do pós-procedimento. Boa leitura!
Câncer no estômago: tratamento cirúrgico
O tratamento cirúrgico para câncer no estômago pode ser empregado em diversos estágios da doença, de modo exclusivo ou associado a outros tratamentos. Mesmo porque, os achados operatórios são um importante preditor do prognóstico.
Dessa forma, seu objetivo é remover, total ou parcialmente, o tumor. Ou seja, pode ter finalidade curativa (em quadros precoces) ou paliativa (para proporcionar alívio).
Por outro lado, há casos onde a cirurgia oncológica não é indicada. Quando o paciente tem idade muito avançada ou saúde muito debilitada, por exemplo, a cirurgia se torna inviável, sendo necessário recorrer a outras terapêuticas.
Formas de realizar o procedimento
A execução do procedimento fica a cargo do cirurgião oncológico, que busca preservar a integridade do órgão o máximo possível. Na maioria das vezes, realiza-se a ressecção do tumor e de linfonodos próximos.
Mas, é importante notar que a estratégia cirúrgica adotada dependerá, diretamente, do tipo e estadiamento do tumor. Assim, quando o mesmo está muito avançado para ser totalmente removido, a cirurgia visa reduzi-lo. Nesse caso, o objetivo é prevenir hemorragias ou obstruções estomacais em decorrência do seu crescimento.
Técnicas para tumores ressecáveis
A escolha da técnica cirúrgica depende de qual parte do estômago o tumor se encontra e do grau de comprometimento dos tecidos próximos. Em geral, ele pode ser removido por meio de:
- ressecção endoscópica da mucosa (ou mucossectomia), quando o tumor está bem inicial (o chamado estágio 0),limitado à camada de revestimento do órgão e sem risco de disseminação para os linfonodos adjacentes;
- gastrectomia subtotal (ou parcial), quando o tumor está restrito à porção inferior do órgão;
- gastrectomia total (ou radical), quando o tumor está presente em todo o órgão ou na sua parte superior, próximo ao esôfago, exigindo que o mesmo seja ligado ao intestino delgado.
Em ambas as gastrectomias, os linfonodos próximos e, se preciso, outras estruturas adjacentes, são removidos, visando prevenir recidivas. Vale destacar, ainda, que as gastrectomias podem ser feitas de forma tradicional ou minimamente invasiva (via laparoscopia ou cirurgia robótica).
Técnicas para tumores irressecáveis
Para os tumores inoperáveis, a cirurgia se torna uma medida paliativa, ajudando no controle dos sintomas e na prevenção de agravamentos. Nesses casos, pode-se realizar uma:
- gastrojejunostomia, para ligar o intestino delgado à parte superior do estômago, contornando o tumor (indicada quando este se encontra na porção inferior do órgão e pode crescer a ponto de obstruir a saída dos alimentos digeridos);
- ablação tumoral endoscópica, para pacientes nos quais é preciso aliviar uma obstrução ou interromper um sangramento em curso, mas cujas condições clínicas não permitem a realização de uma cirurgia de maior porte;
- colocação de cateter, para casos em que é preciso prevenir a obstrução gástrica, criando uma passagem para a saída dos alimentos (sonda).
Pós-operatório e alimentação
Nos dias seguintes à gastrectomia subtotal ou total, não é possível comer ou beber. Isso porque, o trato digestivo precisa de um tempo para se restabelecer. Já na ressecção endoscópica, a recuperação é mais rápida.
Ao longo das primeiras semanas, o paciente pode sentir dor abdominal, náuseas e azia, principalmente, após se alimentar. Além disso, pode ter diarreia.
Os incômodos digestivos decorrem do fato dos alimentos entrarem no intestino mais rapidamente, mas podem ser aliviados com medicamentos. Outro ponto importante é tomar suplementos vitamínicos, para repor a baixa decorrente da diminuição da absorção pelo estômago.
Em relação à dieta, a principal mudança está na quantidade e na frequência das refeições, que precisam ser menores e fracionadas várias vezes ao dia. Nessa fase, a orientação de um nutricionista é indispensável para o processo de adaptação.
Prognóstico e qualidade de vida
A cirurgia para câncer de estômago possibilita altas chances de remissão da doença. Ainda assim, a associação de outros tratamentos, como a quimioterapia, costuma ser necessária, para aumentar as chances de cura.
Esperamos que suas dúvidas sobre “câncer no estômago tratamento cirúrgico” cirúrgico tenham sido sanadas. No mais, deve-se manter um acompanhamento multidisciplinar, para assegurar a saúde do paciente e melhorar sua qualidade de vida. Além do cirurgião oncológico e do nutricionista, outros profissionais, como psicólogos e educadores físicos, também podem ser requisitados.
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