O câncer de pele não melanoma é o mais frequente no Brasil, respondendo por 30% de todos os tipos de neoplasias. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca),estima-se que, para cada ano do triênio entre 2023 e 2025, devam ocorrer 220.490 novos casos da doença.
Neste artigo, explicamos o que é o tumor de pele não melanoma, o que leva à sua ocorrência e como é o respectivo diagnóstico e o tratamento. Confira!
O que é câncer de pele não melanoma?
O câncer de pele não melanoma é um tumor maligno que se desenvolve nas células que não produzem melanina. Trata-se de um câncer bastante incidente, mas que, felizmente, tem baixa letalidade.
Assim, a doença é provocada pela multiplicação anormal e descontrolada das células não melanócitos. Os tumores mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares.
Tipos de tumores
Existem diferentes tipos de tumores de pele não melanoma. Conheça-os a seguir.
Carcinoma basocelular
O carcinoma basocelular (CBC) responde por 80% dos casos de câncer de pele não melanoma. Ele se desenvolve a partir das células basais, presentes nas profundezas da epiderme (a camada superior da pele) e, raramente, se dissemina.
Geralmente, forma um nódulo ulcerativo, semelhante a uma pápula avermelhada, brilhosa e com uma crosta central, que sangra facilmente. Outras vezes, pode se assemelhar a uma lesão de eczema (inflamação da pele) ou de psoríase (escamas que coçam).
Carcinoma espinocelular
O carcinoma espinocelular (CEC) se desenvolve nas células escamosas, presentes nas camadas superiores da pele e, raramente, se dissemina. A região acometida costuma apresentar sinais de danos solares, como mudança da pigmentação, enrugamento, perda da elasticidade, entre outros.
Normalmente, esse tipo de tumor leva à formação de uma ferida espessa, avermelhada, descamativa, que sangra e não cicatriza. Pode, também, ter um aspecto semelhante ao de uma verruga.
Tumores raros
Os demais tumores de pele não melanoma são considerados raros, respondendo por menos de 1% dos registros da doença. É o caso do:
- carcinoma de células de Merkel;
- linfoma de pele;
- tumores anexiais de pele;
- sarcoma de Kaposi, entre outros.
Sinais e sintomas
Os sinais e sintomas mais comuns do câncer de pele não melanoma são pintas ou manchas que coçam, ardem, descamam ou sangram. Além disso, os tumores podem se apresentar como feridas que não cicatrizam, perdurando por mais de quatro semanas. Essas podem ocorrer em qualquer parte do corpo, principalmente, nas regiões mais expostas ao sol.
Caso apresente qualquer modificação na pele ou nas mucosas, consulte um(a) dermatologista e faça uma avaliação. Em caso de confirmação, o diagnóstico precoce favorece (e muito) o prognóstico, potencializando as chances de cura.
Prevalência
A prevalência do câncer de pele não melanoma é maior em pessoas de pele clara, com mais de 40 anos. No entanto, a média de idade no momento do diagnóstico vem diminuindo ano a ano.
Quais são as causas da doença?
O câncer de pele não melanoma é provocado pela exposição prolongada, sem a devida proteção, ao sol. Muitas vezes, a doença na vida adulta é resultado da falta de cuidado na infância e adolescência.
Além dos raios ultravioletas (UV),há outros fatores que aumentam o risco de desenvolvê-la. É o caso, por exemplo:
- do histórico familiar de tumores de pele;
- das atividades de trabalho ao ar livre;
- da realização de bronzeamento artificial;
- da imunidade baixa, entre outros.
Como é o diagnóstico e o tratamento?
O diagnóstico do câncer de pele não melanoma costuma ser feito pelo dermatologista, por meio do exame clínico (a olho nu) ou da dermatoscopia (uso de lente de aumento). Em alguns casos, realiza-se a biópsia da pinta ou lesão suspeita.
O tratamento, por sua vez, varia conforme o tipo de tumor, estágio e localização. Nos casos de carcinomas basocelular e espinocelular, na maioria das vezes, opta-se pela ressecção tumoral, por meio de procedimentos simples.
Dependendo do quadro individual, pode-se associar a radioterapia ao procedimento cirúrgico. Outras possibilidades terapêuticas são a quimioterapia e a imunoterapia.
Para concluir, o câncer de pele não melanoma apresenta altas taxas de cura — isso, desde que seja diagnosticado e tratado precocemente. Por isso, em caso de alterações na pele, procure um(a) dermatologista ou um(a) especialista em cirurgia oncológica o mais breve possível!
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