Sarcoma é um grupo de tumores malignos extremamente raros, que se desenvolvem nos tecidos conjuntivos — os quais ficam entre a pele e os órgãos internos. Dessa maneira, podem surgir nos ossos e nas chamadas “partes moles”, como músculos, cartilagens, tendões, nervos, células de gordura e vasos sanguíneos.
Se você está em busca de mais informações a respeito, vamos ajudar mostrando tudo o que você precisa saber. Confira, também, a importância do especialista em cirurgia oncológica no combate à doença. Boa leitura!
Mas afinal, o que é sarcoma?
Considerado um câncer raro, o sarcoma pode se manifestar em qualquer parte do corpo e, em geral, leva o nome do local onde teve sua origem. Por exemplo: quando começa nos tecidos gordurosos é chamado de lipossarcoma; nos músculos lisos, leiomiossarcoma; nos músculos estriados, rabdomiossarcoma; e por aí vai.
Atualmente, estima-se que existam mais de 100 subtipos da doença, pertencentes a a três subgrupos (sarcomas ósseos, sarcomas de partes moles e tumores estromais gastrointestinais). As regiões do corpo mais afetadas são:
- coxas e glúteos (47% dos casos);
- tronco (18%);
- braços (13%);
- retroperitônio, uma membrana que recobre os órgãos abdominais e pélvicos (13%);
- cabeça e pescoço (9%).
Quais são as causas da doença?
Diferente do que se acreditava no passado, um trauma, como uma “pancada” forte, não é capaz de desencadear a doença. Portanto, assim como na maioria dos casos de câncer, as causas do sarcoma são multifatoriais.
Entre os fatores de risco que aumentam as chances de incidência para determinados subtipos da doença, pode-se citar:
- algumas condições imunossupressoras, como contaminação por vírus SKHV ou HIV, ou ter feito um transplante de órgão;
- algumas síndromes hereditárias, como a Síndrome de Li-Fraumeni;
- alguns defeitos genéticos, como a neurofibromatose;
- ter realizado radioterapia previamente;
- ter tido contato com arsênico ou com alguns materiais usados em indústrias de plástico e borracha.
É possível preveni-la?
Por ser raro e ter causas variadas e inespecíficas, não existe um conjunto de medidas que podem ser adotadas contra o surgimento do sarcoma. Entretanto, criar hábitos que mantenham o sistema imunológico fortalecido é uma das alternativas de proteção mais eficazes. Além disso, por estar relacionado, em alguns casos, a vírus como o SKHV e o HIV, reforçamos a importância do sexo seguro.
Mas, o mais importante é manter a regularidade nos cuidados de saúde, por meio de uma rotina de exames preventivos. Dessa maneira, pode-se descobrir a doença em fase inicial, aumentando as chances de cura.
Além disso, deve-se investigar eventuais sinais ou sintomas, sempre que não desaparecem em poucos dias. Muitas vezes, os sarcomas são descobertos em função da avaliação de “bolinhas” que começam a crescer em alguma parte do corpo.
Quais são os sinais e sintomas?
Geralmente, os sarcomas são assintomáticos ou não apresentam sinais ou sintomas específicos. Quando presentes, esses variam conforme o tipo de tumor, estágio, localização e tamanho. Em geral, o paciente acometido pela doença pode apresentar:
- dor;
- inchaço;
- nódulos;
- massa palpável;
- alterações nos hábitos intestinais;
- febre constante;
- perda de peso repentina;
- sangramentos (nas fezes ou nos vômitos); entre outras manifestações.
Como é o diagnóstico e o tratamento?
A detecção do sarcoma segue, basicamente, os passos diagnósticos de qualquer outra doença:
- por “acaso”, graças a alterações reveladas nos exames de rotina ou em exames realizados para investigar outras suspeitas;
- em função de sintomas, os quais fazem com que o paciente procure ajuda médica.
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Assim, depois da avaliação clínica, do histórico de saúde pessoal e familiar e dos fatores de risco, o profissional solicita exames laboratoriais e/ou de imagem. Caso haja suspeita de câncer, são necessários outros exames — incluindo uma biópsia, para determinar o tipo e o estágio do tumor.
Em caso de sarcoma, o paciente será orientado quanto aos próximos passos, sobretudo, no que diz respeito à necessidade de cirurgia oncológica. Ainda que o tratamento cirúrgico seja a principal abordagem, quando necessário, podem ser associadas outras terapêuticas, como radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia, imunoterapia e/ou terapia alvo.
Qual é o(a) especialista ideal para o tratamento do sarcoma?
Por ser um(a) profissional especializado(a) em tumores, o(a) cirurgião(ã) oncológico(a) é fundamental no tratamento de qualquer tipo de câncer, incluindo os sarcomas. Afinal, ele(a) conhece o comportamento esperado para a doença e, portanto, está qualificado(a) para tomar as decisões sobre a melhor forma de conduzir o tratamento.
Saiba mais em: Tire suas dúvidas sobre a especialidade cirurgia oncológica
No entanto, o(a) cirurgião(ã) oncológico(a) sempre irá atuar em parceria com outras especialidades, sobretudo as relacionadas ao órgão ou ao sistema atingido pela doença. Dessa maneira, além dos(as) patologistas e enfermeiros(as),é comum contar com fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos(as) e outros(as) profissionais essenciais para o bom andamento desta jornada.
Em suma, pode-se dizer que o tratamento ideal para o sarcoma é aquele conduzido por uma equipe multidisciplinar. Essa se mantém focada em conquistar os melhores resultados e trazer o máximo de conforto e segurança a cada etapa do processo, do pré ao pós-operatório.
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