Você sabia que a incidência do câncer endometrial (também chamado de tumor de corpo uterino) vem aumentando nas últimas décadas? Quando diagnosticado, a cirurgia de câncer de endométrio é tida pelos especialistas como o tratamento de primeira escolha, possibilitando altas taxas de sucesso.
Neste artigo, mostramos quando o procedimento é indicado e como é realizado. Confira, também, quais são suas chances de cura. Boa leitura!
Qual é o papel da cirurgia de câncer de endométrio?
A cirurgia, associada, ou não, a terapêuticas complementares e/ou adjuvantes, é o principal tratamento para o câncer de endométrio. O procedimento pode ser realizado por via aberta ou laparoscópica (minimamente invasiva) e consiste, basicamente, na remoção dos tecidos doentes, incluindo as margens de segurança.
Em seguida, deve-se tomar as demais medidas necessárias para minimizar o risco de recidivas. É aí que entram a radioterapia, a quimioterapia ou a reposição hormonal (com progesterona).
Como é o tratamento cirúrgico?
O procedimento deve, preferencialmente, ser realizado por um especialista em cirurgia oncológica. Geralmente, ele consiste em uma histerectomia (retirada do útero e do colo do útero, por meio de uma grande incisão abdominal, através da vagina ou por laparoscopia). Essa costuma ser associada à salpingo-ooforectomia bilateral (retirada dos ovários e das trompas de Falópio) e ao mapeamento dos linfonodos sentinelas (quando os exames de imagem não mostram sinais de que o tumor se espalhou) ou à linfandenectomia pélvica e para-aórtica (dissecção dos linfonodos da pelve e ao redor da aorta, para precisar em que estágio o câncer se encontra).
Para saber quando a cirurgia de câncer de endométrio é indicada, confira este artigo.
Todos esses procedimentos são realizados na mesma ocasião e por meio da mesma incisão. Em certos casos, pode-se realizar alguns procedimentos complementares, os quais ajudam a verificar a disseminação da doença. É o caso, por exemplo, da:
- lavagem peritoneal (das cavidades pélvica e abdominal, com solução salina);
- omentectomia (remoção do omento, um tecido gorduroso que reveste os órgãos abdominais);
- biópsia peritoneal (retirada de parte do peritônio, o tecido que reveste a pelve e o abdômen).
Já quando o câncer se espalhou por toda a pelve e abdômen, realiza-se uma técnica de depuração, chamada de Citorredução, para removê-lo o máximo possível. Isso, vale destacar, torna os tratamentos futuros (como radioterapia e quimioterapia) mais eficientes.
Por fim, no caso de mulheres jovens, que ainda desejam engravidar, a histerectomia deve ser adiada. Para elas, a alternativa terapêutica ideal consiste na curetagem do endométrio (um tipo de raspagem),associada à terapia com progesterona. Ao mesmo tempo, é preciso manter o acompanhamento oncológico frequente e só começar a tentar engravidar após ter recebido alta do tratamento.
Como é o pós-operatório?
Na histerectomia abdominal, o tempo de internação hospitalar, geralmente, é de três a sete dias. A recuperação completa, por sua vez, leva entre quatro e seis semanas.
Já na histerectomia vaginal e na cirurgia laparoscópica, o pós-operatório é mais tranquilo. Nesses casos, a internação hospitalar dura de um a dois dias e a recuperação completa se dá em duas a três semanas.
Independentemente das abordagens empregadas, qualquer histerectomia leva ao fim dos ciclos menstruais. Assim, as pacientes que ainda não haviam entrado na menopausa podem passar a sentir os sintomas típicos dessa fase (como ondas de calor, secura vaginal e suores noturnos).
No mais, o risco de complicações decorrentes da histerectomia e das demais cirurgias é baixo. As mais recorrentes são danos aos tecidos adjacentes, podendo afetar, por exemplo, o controle da bexiga. Quando isso ocorre, a paciente precisa utilizar um cateter para drenar a urina. Com o tempo, a função do órgão é restabelecida.
Quais são as chances de cura do câncer endometrial?
O tratamento para o câncer endometrial costuma ser, na maioria das vezes, curativo. Estima-se que 80% dos respectivos tumores sejam diagnosticados em estágios iniciais, o que possibilita às portadoras uma taxa de sobrevida em cinco anos de 95%.
Para concluir, esperamos que suas dúvidas sobre a cirurgia de câncer de endométrio tenham sido esclarecidas. Mas, vale ressaltar que, para o sucesso do tratamento, o procedimento precisa ser feito por um especialista certificado em cirurgia oncológica. Para encontrar um profissional com essa qualificação na sua região, acesse nosso site e realize sua busca!
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