O câncer de vulva é considerado, relativamente, raro. A doença pode provocar sinais e sintomas como coceira persistente, alterações na pele, lesões que não cicatrizam, nódulos palpáveis, entre outras manifestações na região íntima. A boa notícia é que, se diagnosticada e tratada precocemente, as chances de cura são altas.
Neste artigo, falamos mais sobre a neoplasia vulvar. Continue a leitura e informe-se a respeito.
O que é o câncer de vulva?
O câncer de vulva é um tumor maligno que se desenvolve na parte externa da genitália feminina. Isso inclui a vagina, os grandes e os pequenos lábios, o clitóris, a glândula de Bartholin e o períneo (espaço entre a vagina e o ânus). Dessa maneira, o câncer vulvar não inclui os tumores da parte interna da vagina, como o câncer de colo do útero.
Incidência e agressividade
A neoplasia representa cerca de 6% de todos os tumores ginecológicos. Por vezes, pode-se espalhar para outras regiões, por meio de metástases.
Tipos de tumores
Os principais tipos de câncer de vulva são os carcinomas de células escamosas. Os adenocarcinomas, um tipo de câncer que começa nas células glandulares, são os segundos em incidência.
Causas da doença
Estudos mostram que os carcinomas de células escamosas da vulva podem se desenvolver devido à infecção pelo papilomavírus humano (HPV) ou a uma mutação no gene p53.
Fatores de risco
Diversos fatores aumentam o risco do desenvolvimento de um câncer de vulva. São eles:
- idade, sendo prevalente em mulheres com mais de 70 anos;
- tabagismo, sendo ainda maior em mulheres com infecção pelo HPV;
- imunossupressão (vírus da imunodeficiência humana, mais conhecido como HIV);
- líquen escleroso atrófico (uma doença crônica da pele e mucosa);
- determinadas condições pré-cancerígenas, como a neoplasia intraepitelial vulvar;
- melanoma (ou pintas atípicas) pelo corpo;
- diagnóstico de câncer de colo do útero.
Prevenção
A prevenção do câncer vulvar exige o afastamento dos fatores de risco, quando possível. Isso inclui não fumar e praticar sexo seguro, com o uso de preservativos. Também é fundamental prestar atenção aos sinais e sintomas do corpo e, frente a qualquer anormalidade, buscar ajuda médica o quanto antes.
Quais são os sinais e sintomas da doença?
Os sinais e sintomas do câncer de vulva são genéricos e, como tal, têm mais chances de estar relacionados a outras condições clínicas. De qualquer maneira, caso note uma ou mais manifestações suspeitas, vale a pena procurar um(a) médico(a) e investigá-la(s). As principais são:
- coceira persistente na região íntima (que não melhora com o passar dos dias);
- mudança em parte da pele (mais espessa, áspera e/ou com uma coloração diferente);
- pinta com alteração no tamanho, cor e/ou forma;
- lesão que não cicatriza (semelhante a uma úlcera, verruga ou ferida);
- dor ou sensibilidade (geralmente, associada a uma área escamosa avermelhada);
- nódulo palpável (em um ou ambos os lados da vagina);
- inchaço nos linfonodos das virilhas;
- sangramento vaginal anormal (não associado ao período menstrual);
- desconforto ao urinar; entre outras.
Como é o diagnóstico?
O diagnóstico do câncer de vulva costuma ocorrer após a detecção de achados anormais em exames físicos, que devem ser biopsiados para a confirmação da suspeita. Esses, muitas vezes, são realizados com outras motivações, uma vez que não existem exames de rastreamento para a doença. O importante é que, quanto mais precoce o diagnóstico, maiores as chances de o tratamento ser bem-sucedido.
Para confirmar a doença e determinar o tipo e o estadiamento (estágio de desenvolvimento) do tumor, realiza-se uma biópsia. A partir do resultado, define-se a melhor estratégia terapêutica.
Como é o tratamento?
Em geral, o tratamento para o câncer de vulva é feito com cirurgia para remoção do tumor e das margens de segurança. Outras terapêuticas, como radioterapia e/ou quimioterapia, também podem ser associadas (em casos mais avançados).
A taxa de sobrevida relativa em cinco anos, para pacientes com câncer vulvar diagnosticado em estágio localizado, é estimada em 86%. Já para pacientes diagnosticadas em estágio de disseminação regional é de 53% e, à distância, de 19%. Felizmente, os tratamentos vêm evoluindo e o prognóstico para pacientes com câncer de vulva é cada vez melhor!
Para saber mais, converse com um(a) especialista — de preferência, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO). Caso precise de ajuda para encontrar um(a) oncologista cirúrgico(a) na sua região, use nossa ferramenta de busca!