Como é feito o diagnóstico de câncer de estômago?

Como é feito o diagnóstico de câncer de estômago?

Por: PUBLICADO EM: 06 fev 2023

A suspeita da existência de um tumor gástrico se baseia nos sintomas e nos fatores de risco para a doença. Mas, nesses casos, o diagnóstico do câncer de estômago só pode ser concluído (ou descartado) após a realização de uma série de exames.

Neste artigo, mostramos como se dá caminho entre a hipótese e a confirmação do quadro. Veja, também, quais são as chances de cura. Confira!

O que o câncer gástrico provoca?

O paciente com câncer de estômago pode apresentar perda do apetite, sensação de empachamento, náuseas, vômitos (com ou sem sangue),perda de peso, entre muitos outros desconfortos. Pode-se perceber que não são sintomas específicos, mas bastante comuns.

Na maioria das vezes, eles têm relação com doenças benignas (como úlcera, gastrite, etc.). No entanto, devem ser investigados, ainda mais se não melhorarem em alguns dias. Afinal, em caso de câncer, quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores as chances de cura.

Como é o diagnóstico do câncer de estômago?

Alguns tipos tumores podem ser identificados por meio do rastreamento em pessoas saudáveis e assintomáticas, pertencentes a determinados grupos. É o caso, por exemplo, dos exames de rastreamento contra o câncer de mama e de próstata. Porém, para o câncer de estômago, não existe rastreamento.

Nesse caso, tudo começa com uma suspeita, levantada a partir dos possíveis sinais e sintomas e, principalmente, da exposição a fatores de risco. O diagnóstico, geralmente, é feito via endoscopia digestiva alta com biópsia, por meio da detecção de lesões pré-cancerosas ou cancerosas (em estágios iniciais ou avançados).

Quais exames são necessários?

Se na consulta inicial surgirem indícios da doença, baseados no histórico clínico, hábitos de vida e/ou no exame físico da região abdominal, a investigação continua. Para a confirmação diagnóstica e determinação do estadiamento, solicitam-se exames complementares (laboratoriais e de imagem) e biópsias.

Entre os exames de laboratório, costuma-se pedir um hemograma completo, visando checar a presença de anemia (a qual pode ser decorrente de sangramentos no estômago). O exame de sangue oculto nas fezes também pode ser solicitado com a mesma intenção, apesar de ser menos específico e sensível para o diagnóstico.

Entre os exames, a endoscopia digestiva alta é o principal. O procedimento é realizado com a introdução do endoscópio pela boca do paciente, que avança até o início do duodeno (o chamado “intestino fino”, após estômago). Durante o procedimento, o paciente permanece sedado o tempo todo.

Se forem encontradas lesões, realiza-se a coleta de amostras para a biópsia. A análise anatomopatológica serve para confirmar (ou não) o diagnóstico de câncer de estômago e determinar o tipo de tumor (adenocarcinoma, linfoma, sarcoma ou tumor carcinoide).

Quando a biópsia por endoscopia não é possível, como em áreas mais profundas da parede do estômago, o médico solicita um ultrassom endoscópico. Dessa forma, pode-se guiar a agulha de biópsia até o local exato para a retirada do tecido.

Para precisar a localização do tumor e determinar o estadiamento (se se espalhou para os órgãos e tecidos próximos),solicitam-se exames de imagem, como a tomografia computadorizada. Caso existam focos em outras regiões, deve-se coletar amostras de tecido para biópsia.

Outro exame possivelmente solicitado antes da cirurgia é a laparoscopia. Seu objetivo é verificar se o tumor permanece restrito ao estômago, ou seja, se pode ser completamente removido.

Aqui cabe uma observação: apesar desses exames serem os que são, idealmente, solicitados, é preciso saber que nem sempre eles estão disponíveis. Nesses casos, cabe à equipe responsável indicar a melhor alternativa.

Quais são as chances de cura?

Quando identificado precocemente, as chances de cura do câncer de estômago são altas. Já em estágios avançados, o tratamento é mais complexo e, por vezes, menos efetivo.

A taxa de sobrevida (porcentagem de pacientes que vivem até cinco anos, após receberem o diagnóstico) diz respeito à probabilidade do tratamento ser bem-sucedido. Sendo assim, a taxa de sobrevida para tumores:

  • localizados é de 70%;
  • disseminados regionalmente é de 32%;
  • disseminados à distância é de 6%.

Felizmente, os avanços nos tratamentos têm levado a resultados cada vez melhores. Ainda assim, quanto mais precoce o diagnóstico de câncer de estômago, melhor o prognóstico para o paciente. Caso precise encontrar um profissional qualificado para auxiliá-lo nessa batalha, utilize nossa ferramenta de busca por especialistas.

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Autor:
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica – SBCO é uma sociedade civil sem fins lucrativos, com personalidade jurídica própria, fundada em 31 de maio de 1988, cuja finalidade é congregar cirurgiões oncológicos e outros profissionais envolvidos no cuidado à pessoa com câncer.
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