Conheça os principais tipos de tumores ginecológicos

Conheça os principais tipos de tumores ginecológicos

Por: PUBLICADO EM: 03 set 2024

Os tumores ginecológicos incluem, principalmente, os cânceres de colo do útero, ovário, corpo do útero (câncer de endométrio e sarcoma uterino),vulva e vagina. Sendo assim, estima-se que mais de 30 mil mulheres no Brasil desenvolvam alguma dessas neoplasias a cada ano.

Neste artigo, mostramos um pouco mais sobre os diferentes cânceres ginecológicos, incluindo seus sintomas. Veja, também, como se prevenir. Boa leitura!

O que são tumores ginecológicos?

Tumores ginecológicos são um conjunto de cânceres que acometem órgãos do sistema reprodutor feminino. Com isso, além do impacto da doença em si, ainda pode haver o comprometimento da sexualidade e da capacidade reprodutiva. Conheça os principais tipos a seguir.

Câncer de colo do útero

câncer de colo do útero é o terceiro tipo de neoplasia mais incidente nas mulheres, atrás do câncer de mama e do câncer colorretal. Isso, excetuando o câncer de pele não melanoma. O principal fator de risco para o seu desenvolvimento é a infecção persistente pelo papilomavírus humano (HPV).

Câncer de corpo do útero

câncer de corpo do útero é o sétimo mais incidente no público feminino. Ele inclui o câncer de endométrio, cujo principal fator de risco é a exposição prolongada ao estrogênio, e o sarcoma uterino, cujas causas exatas são desconhecidas.

Câncer de ovário

câncer de ovário é o oitavo em incidência. Ele está relacionado a vários fatores de risco, como uso de contraceptivo oral, avanço da idade, entre outros, sendo mais difícil de ser diagnosticado.

Câncer de vulva

câncer de vulva é considerado raro. Os fatores de risco ainda são desconhecidos, embora o HPV seja uma das causas mais prováveis.

Câncer de vagina

câncer de vagina é uma neoplasia rara. Sua ocorrência está relacionada ao HPV, além de outros fatores de risco.

Quais são os sintomas dos cânceres ginecológicos?

Muitas vezes, os tumores ginecológicos são descobertos tardiamente. Em estágios avançados, eles provocam sinais e sintomas relacionados à infiltração dos órgãos pélvicos. Os principais são:

  • dor, inchaço e/ou sensação de pressão no abdômen, na pelve ou na região lombar;
  • massa endurecida sentida à palpação;
  • sangramento vaginal anormal;
  • distúrbios gastrointestinais, como indigestão, gases, diarreia, constipação e/ou enjoos;
  • sensação de saciedade com menos alimento do que o costume;
  • aumento da frequência urinária, muitas vezes, com urgência;
  • feridas, manchas ou outras alterações na vulva, ou na vagina;
  • excesso de fadiga e/ou perda de peso acentuada, ambas sem justificativas aparentes;
  • febre persistente;
  • dores durante as relações sexuais.

Em estágio inicial, entretanto, os sinais e sintomas dos tumores ginecológicos são ausentes ou inespecíficos. Portanto, a melhor forma de diagnosticar esse tipo de neoplasia precocemente é mantendo as revisões médicas de rotina em dia.

Afinal, exames clínicos e complementares são capazes de revelar sua presença antes de provocarem complicações. Com isso, pode-se antecipar o diagnóstico e obter um tratamento mais simples e eficiente.

Como são diagnosticados e tratados?

O diagnóstico definitivo e o estadiamento dos tumores ginecológicos se baseiam na biópsia, a qual pode ser realizada por agulha grossa ou por remoção cirúrgica. Por exemplo:

  • tumores do colo de útero costumam ser diagnosticados por meio de biópsia, realizada durante a colposcopia;
  • tumores de ovário costumam ser diagnosticados por meio de biópsia por laparoscopia ou guiada por tomografia computadorizada (em casos especiais);
  • tumores do endométrio costumam ser diagnosticados por meio de curetagem ou através de biópsia dirigida realizada durante a videohisteroscopia, um exame minimamente invasivo (endoscópico).

Além disso, mais exames podem ser necessários para determinar a extensão do tumor. É o caso do exame clínico reto-vaginal, da tomografia computadorizada ou da ressonância magnética, da cistoscopia, da proctoscopia, entre outros.

Quanto ao tratamento, a abordagem depende do tipo, estadiamento, localização e tamanho do tumor, bem como da idade e das condições de saúde de cada paciente. Em geral, costuma-se optar pela cirurgia, radioterapia, braquiterapia e/ou quimioterapia, muitas vezes, combinando diferentes modalidades terapêuticas.

É possível prevenir a sua ocorrência?

Sim. A melhor maneira de reduzir o risco de desenvolver tumores ginecológicos é ir às consultas ginecológicas periódicas. Afinal, com o acompanhamento regular, pode-se fazer o rastreamento de eventuais alterações.

Realizar o exame citopatológico preventivo (Papanicolau),por exemplo, ajuda na prevenção do câncer de colo uterino. Além disso, outra medida importante é a vacinação contra o HPV, que deve ser realizada, preferencialmente, antes do início da vida sexual. Também é necessário se conscientizar sobre o uso de preservativos nas relações sexuais.

Já a adoção de um estilo de vida saudável e a manutenção de um peso corporal adequado são fatores importantes na prevenção do câncer de endométrio. Ao mesmo tempo, é necessário tratar eventuais doenças pré-cancerígenas do endométrio, como a hiperplasia endometrial.

Para concluir, em caso de suspeita de tumores ginecológicos, procure ajuda médica o quanto antes. Como mostrado, quanto mais precoce o diagnóstico, maiores as chances de o tratamento ser bem-sucedido. Com isso, o potencial de cura aumenta consideravelmente!

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