Exames de rotina: entenda a importância na detecção precoce do câncer

Exames de rotina: entenda a importância na detecção precoce do câncer

Por: PUBLICADO EM: 20 fev 2025

Você sabia que manter os exames de rotina em dia é a uma das principais medidas de combate e, quando possível, prevenção, ao câncer? A segunda, logicamente, é o diagnóstico precoce e, a terceira, o tratamento oportuno e efetivo.

Neste artigo, mostramos quais são os principais exames de check-up regulares, como ajudam na detecção da doença e porque a descoberta precoce e precisa é fundamental. Continue a leitura e esclareça suas dúvidas!

Quais são os principais exames de rotina contra o câncer?

Quando se trata de prevenção e diagnóstico precoce do câncer, os principais exames de rotina para as mulheres são a mamografia e o Papanicolau. O primeiro permite diagnosticar o câncer de mama, devendo ser feito, anualmente, a partir dos 40 anos de idade.

Papanicolau, por sua vez, possibilita diagnosticar o câncer do colo de útero, devendo ser realizado a partir do início da vida sexual ou ao completar 25 anos. Em relação à frequência, recomenda-se repeti-lo a cada três anos, após dois exames normais consecutivos.

Vale destacar que a indicação dos referidos exames pode ser antecipada, seguindo uma programação individualizada, caso existam fatores de risco associados. Para o câncer de mama, isso inclui o histórico familiar, de primeiro ou segundo graus, da doença. Para o câncer do colo uterino, considera-se, entre outros fatores, a iniciação sexual precoce, a multiplicidade de parceiros e ter tido duas ou mais gestações.

Para os homens, os principais exames são o autoexame dos testículos, o toque retal e o antígeno prostático específico (PSA). O primeiro deve ser realizado a partir da adolescência, ajudando na prevenção do câncer de testículo.

Já os demais favorecem a prevenção do câncer de próstata e são indicados conforme os fatores de risco. Por exemplo: para homens cujo pai ou irmão teve a doença antes dos 60 anos, recomenda-se realizar o rastreamento a partir dos 45 anos.

E tem mais: outros exames de rotina, indicados para ambos os sexos, são a pesquisa de sangue oculto nas fezes e a colonoscopia. Recomenda-se realizá-los a partir dos 45 anos ou antes, se houver fatores de risco associados. O objetivo é ajudar na prevenção e detecção precoce do câncer colorretal.

Há, ainda, a recomendação para o autoexame da pele, baseando-se na regra do (ABCDE). Essa diz que qualquer assimetria, borda irregular, cor variável, diâmetro ou evolução em pintas, manchas de nascença ou verrugas deve ser investigada por um dermatologista. Nesse caso, o objetivo é prevenir o câncer de pele — lembrando que familiares de pessoas diagnosticadas com a doença devem se submeter a exames preventivos regularmente (principalmente, a dermatoscopia).

Por fim, pode ser preciso fazer outros exames, de acordo com o quadro apresentado por cada paciente nas consultas médicas de rotina.

Por que vale a pena fazer os rastreamentos?

Em estágio inicial, a maioria dos cânceres não provoca sintomas. Os rastreamentos (também chamados de screenings) consistem, justamente, na aplicação de exames em pessoas assintomáticas, pertencentes a uma população-alvo pré-definida. Assim, servem para reduzir a morbimortalidade atribuída a doenças específicas, como os citados cânceres de mama, do colo de útero, do testículo, da próstata e do intestino.

Vale destacar que a descoberta precoce de tumores possibilita o acesso a tratamentos mais simples e efetivos do que os disponíveis para estágios mais avançados. Ou, dito de outra forma, permite diagnosticar tumores antes que se espalhem, favorecendo a adoção de tratamentos menos desgastantes e com maiores índices de cura.

Isso, por sua vez, reflete no sucesso do tratamento e, consequentemente, em uma melhor qualidade de vida a posteriori.

“E como ter acesso aos rastreamentos?”, você pode estar se perguntando: basta ir às consultas médicas periódicas (com o/a ginecologista, urologista, clínico/a geral, pediatra ou geriatra) e manter os exames de rotina em dia!

O que fazer em caso de confirmação da doença?

Em caso de confirmação da doença, deve-se procurar um/a oncologista cirúrgico/a o mais breve possível, para dar início ao tratamento ou ao acompanhamento (observação vigilante). Para definir a estratégia terapêutica mais adequada, o/a especialista considerará o quadro clínico individual, baseando-se no tipo e estadiamento do tumor, bem como no estado de saúde geral.

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Mas, uma vez que o câncer exige cuidado multidisciplinar, mais especialistas (como nutricionista, psicólogo/a, fisioterapeuta, entre outros) costumam fazer parte do processo de tratamento. Ao mesmo tempo, o paciente precisará de uma rede de apoio (geralmente, familiares e amigos próximos),para facilitar o dia a dia e oferecer suporte emocional.

Para concluir, agora que você entendeu a importância dos exames de rotina na prevenção e diagnóstico precoce do câncer, lembre-se de realizá-los conforme a recomendação médica. E se houver confirmação, não tenha medo e não perca tempo: procure um/a oncologista cirúrgico/a o quanto antes!

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