Os sintomas do câncer de estômago, também chamado de câncer gástrico, podem ser facilmente confundidos. Isso porque, são comuns a diversas enfermidades, como úlceras e gastrites. É o caso da dor na parte superior do abdômen, da perda do apetite, do refluxo e sensação de indigestão, entre outros.
Neste artigo, detalhamos os principais indícios da doença e mostramos como diferenciá-la de outros problemas estomacais. Entenda, também, a importância do diagnóstico precoce no sucesso do tratamento. Boa leitura!
Quais são as possíveis causas do câncer gástrico?
O câncer é uma doença multifatorial. Sendo assim, os fatores de risco para o câncer de estômago são diversos e incluem:
- consumo de álcool, principalmente, quando associado ao fumo;
- histórico prévio de cirurgia estomacal, especialmente, em pacientes fumantes;
- excesso de sal na alimentação, tanto adicionado como presente em alimentos industrializados;
- ingestão contínua de água com alta concentração de nitrato (substância proveniente de fertilizantes inorgânicos);
- sobrepeso e obesidade;
- algumas doenças pré-existentes (como infecções pela bactéria H.pylori, anemia perniciosa, gastrite atrófica e metaplasia intestinal);
- histórico familiar de parente de primeiro grau com câncer de estômago;
- exposição ocupacional à radiação ionizante (presente em instituições médicas e indústrias);
- exposição ocupacional a diversos compostos químicos classificados como cancerígenos (como agrotóxicos, benzeno, óleos minerais, compostos de zinco, pigmentos variados e produtos de alcatrão de hulha); entre outros.
No Brasil, o câncer gástrico é o quarto tipo de neoplasia mais frequente entre os homens e o sexto tipo mais incidente entre as mulheres. Para preveni-lo, deve-se evitar o excesso de sal na alimentação, bem como de bebidas alcoólicas. Também é imprescindível ter um peso corporal adequado e não fumar. E, em caso de fatores de risco ocupacionais, usar os equipamentos de proteção individual (EPI) corretamente e seguir as orientações dos médicos do trabalho.
Quais são os sintomas do câncer de estômago?
A maioria dos tumores gástricos (entre 90% e 95%) é formada por adenocarcinomas — os quais surgem, predominantemente, em homens com idades entre 60 e 70 anos. Existem, ainda, outros tipos de cânceres que podem se desenvolver no órgão, como linfomas, sarcomas e tumores carcinoides. No entanto, sua incidência é bem menor.
Assim, os principais sintomas do adenocarcinoma de estômago são:
- sensação de estômago sempre cheio;
- perda de apetite e de peso sem causa aparente;
- náuseas e vômitos (com ou sem sangue) frequentes;
- presença de sangue nas fezes (que ficam escurecidas, pastosas e com odor muito forte);
- sensação de desconforto abdominal persistente;
- sensação de fadiga constante.
Como é possível notar, trata-se de sinais inespecíficos. Isso porque, eles tanto podem ser sintomas do câncer de estômago (principalmente, quando não melhoram com cuidados comuns),como de úlceras, gastrites ou outras doenças benignas.
Vale destacar que existem outras manifestações, mas são mais frequentes em estágios avançados da doença. É o caso da presença de:
- massa palpável na parte superior do abdômen, que pode doer à palpação;
- nódulos ao redor do umbigo;
- íngua na parte inferior esquerda do pescoço.
Qual é a importância do diagnóstico precoce?
A única maneira de diferenciar um câncer de outros problemas do estômago é por meio da avaliação de um oncologista. No caso, considerando que a cirurgia costuma ser o tratamento de primeira escolha para o câncer gástrico, a consulta com um cirurgião oncológico é imprescindível. Para tanto, o especialista recorrerá à anamnese (avaliação do histórico clínico pessoal e familiar) e aos exames físicos (feitos no consultório) e complementares (laboratoriais e de imagem).
Detectar um tumor em estágio inicial aumenta as chances do tratamento ser mais eficiente e menos agressivo. Por isso, quando há indícios (clínicos, laboratoriais, radiológicos ou endoscópicos) de alguma alteração que sugira um câncer de estômago, o oncologista dá início ao rastreamento da doença.
Para diagnosticar o câncer de estômago, realiza-se a endoscopia digestiva alta e a biópsia. Se confirmado, o exame seguinte visa determinar a extensão do tumor. Isso pode ser feito por meio de uma ultrassonografia endoscópica (em estágios iniciais) ou de algumas tomografias computadorizadas (em estágios avançados).
Para concluir, um alerta importante em relação aos possíveis sintomas do câncer de estômago é: caso não melhorem dentro de alguns dias, procure ajuda especializada. Como explicado, quanto antes o tumor for descoberto, mais simples o tratamento e maiores as chances de cura da doença. Se necessário, busque um especialista associado à Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) e encontre o suporte adequado para superar a doença!
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